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Procuradoria investiga fundo de pensão de Correios por fraude em terreno

GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu investigação criminal na semana passada para apurar se a direção do Postalis, fundo de pensão dos Correios, praticou gestão temerária na compra de um terreno

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.08.2015, 16:33:07 Editado em 27.04.2020, 19:57:01
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GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu investigação criminal na semana passada para apurar se a direção do Postalis, fundo de pensão dos Correios, praticou gestão temerária na compra de um terreno em Cajamar (SP).
A suspeita é de que tenha havido fraude na aquisição do imóvel em 2012. Segundo o Ministério Público de São Paulo, os custos com o terreno e a construção chegariam a R$ 166 milhões, mas o fundo de pensão pagou R$ 196 milhões, considerando a rentabilidade que teria com o aluguel.
Para esclarecer o episódio, a Procuradoria da República no Distrito Federal deverá intimar o diretor-presidente do Postalis, Antonio Carlos Conquista, ouvido na semana passada na CPI dos Fundos de Pensão da Câmara dos Deputados.
No mês passado, a Justiça Federal de São Paulo determinou, por causa de indícios de fraude na compra do imóvel, o bloqueio dos bens de dezesseis pessoas ligadas ao fundo de pensão, incluindo o diretor-presidente, que recorreu da decisão.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, a aplicação de recursos na compra do terreno, para a construção do Complexo Operacional Rodoanel, foi desvantajosa e não estava prevista na política de investimentos do fundo de pensão.
Em nota, a Postalis afirmou que não houve prejuízo na aquisição do terreno. Segundo ele, a aquisição foi realizada em conformidade com a política de investimentos do fundo de pensão e com a legislação vigente.
"O investimento contava com relatório de valoração do imóvel e parecer de opinião legal. Nenhum deles apontou quaisquer irregularidades, inconformidades, erro em precificação, erro em rentabilidade, ou outro suposto evento que pudesse macular o negócio", disse.
O fundo de pensão ressaltou ainda que o Postalis desconhece que tenha havido um prejuízo de R$ 30 milhões, como afirma o Ministério Público de São Paulo.
BARUSCO
Nesta semana, a CPI dos Fundos de Pensão ouvirá os presidentes do Petros, Henrique Jäger, e da Previ, Gueitiro Matsuo Genso.
Os deputados federais devem ainda aprovar requerimento de convocação do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, preso no rastro da Operação Lava Jato.
A comissão quer que ele preste esclarecimentos sobre a Sete Brasil, empresa da qual foi diretor e que, segundo ele, replicou o esquema de corrupção da Petrobras.
A empresa, criada pela estatal para administrar sondas do pré-sal, tem como sócios fundos de pensão de empresas estatais, como da Caixa Econômica Federal e da Petrobras.
Além de Barusco, o relator da CPI dos Fundos de Pensão, Sérgio Souza (PMDB-PR), ingressou com pedido de convocação do ex-presidente da Sete Brasil João Carlos Ferraz.
"Os dois devem ser convocados. A Sete Brasil tem hoje o simbolismo do aparelhamento e do tráfico de influência para direcionar negócios", afirmou o presidente da CPI dos Fundos de Pensão, Efraim Filho (DEM-PB).

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