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Prefeito de Campo Grande que havia sido cassado volta ao cargo

CAMPO GRANDE, MS (FOLHAPRESS) - No mesmo dia em que o atual prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), foi afastado da administração, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinou o retorno de Alcides Bernal (PP) ao cargo. Ele havia sido cassa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.08.2015, 19:06:22 Editado em 27.04.2020, 19:57:09
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CAMPO GRANDE, MS (FOLHAPRESS) - No mesmo dia em que o atual prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), foi afastado da administração, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinou o retorno de Alcides Bernal (PP) ao cargo. Ele havia sido cassado em março de 2014 pela Câmara Municipal, com base em acusações de irregularidades no comando do Executivo.
Na manhã desta terça-feira (25), o desembargador Luiz Carlos Bonassini da Silva decidiu pelo afastamento de Olarte e do presidente da Câmara de Vereadores, Mario Cesar (PMDB).
O pedido partiu do Ministério Público Estadual, com base na Operação Coffee Break, deflagrada nesta terça-feira (25), que investiga esquema de compra de votos de vereadores na cassação de Bernal e teria envolvimento de donos de empreiteiras e parlamentares da oposição. Em março de 2014, a Comissão Processante foi instaurada para apurar fraudes na gestão e acabou cassando Bernal por 23 votos a 6.
Segundo relatório da investigação, há "indícios veementes de que houve uma articulação entre empresários, vereadores de Campo Grande e o atual prefeito Gilmar Antunes Olarte, consistente no oferecimento de promessas de vantagens () para fins de cassação (...)".
Naquela época, Bernal recorreu da decisão, mas, em caráter liminar, a justiça de primeira instância manteve o afastamento dele do cargo. Ele recorreu ao TJ, sem sucesso. Hoje, um ano e cinco meses depois, os desembargadores da 1ª Câmara Cível o reintegraram ao cargo, em decisão por 2 votos a 1.
Segundo a Promotoria, os indícios do esquema de compra de votos só apareceram nas gravações telefônicas da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, que apura superfaturamento em obras do governo estadual com recursos federais.
As gravações foram compartilhadas no início do mês com o Ministério Público, que deflagrou a Operação Coffee Break -o nome é alusivo ao "cafezinho", como era chamada a propina paga aos parlamentares.
Foram cumpridos mandados de condução coercitiva de nove vereadores e 13 celulares foram apreendidos. Segundo o promotor Marcos Alex Vera, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), já foram encontradas contradições nos depoimentos dos parlamentares ouvidos nesta terça. Os aparelhos serão enviados para perícia.
No início da tarde, a expectativa ainda era de que o vice-presidente da Câmara de Vereadores, Flávio César (PT do B), assumisse a prefeitura, já que o presidente da Casa, Mario Cesar, também foi afastado por decisão judicial.
Nesta quarta-feira (26), quando Campo Grande comemora o aniversário de 116 anos, o prefeito Alcides Bernal estará à frente da solenidade.

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