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Não posso deixar a articulação política 'de uma vez', afirma Temer

MARINA DIAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um dia após comunicar à presidente Dilma Rousseff que deixará a função principal de articulador político do Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer tentou minimizar o impacto de seu movimento no governo

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.08.2015, 12:12:10 Editado em 27.04.2020, 19:57:10
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MARINA DIAS
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um dia após comunicar à presidente Dilma Rousseff que deixará a função principal de articulador político do Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer tentou minimizar o impacto de seu movimento no governo, disse que vai continuar cuidando da relação com o Congresso e que não pode deixar a articulação política "de uma vez". "Tenho responsabilidade com o país", declarou nesta terça-feira (25).
"No PMDB há alguns que querem que eu deixe a articulação e outros tantos que querem que eu continue, mas eu entendi que não posso, tendo responsabilidade com o país, deixá-la de uma vez", afirmou o vice.
O movimento foi interpretado por aliados como o primeiro passo de afastamento de Temer e do PMDB em relação ao governo.
Segundo o peemedebista, a aprovação das medidas do ajuste fiscal pelo Legislativo "esgotou" a primeira fase da articulação política, com distribuição de cargos e emendas parlamentares a partido que dão sustentação ao governo no Congresso, assuntos dos quais o vice-presidente não vai mais tratar.
"Eu continuo na articulação formatada dessa outra maneira [tratativas com o Congresso]. O que muda é a questão, que é importante, aquela chamada entrega de cargos, emendas orçamentárias, praticamente já solucionado. Nessa parte eu não vou entrar mais", disse Temer.
Ele estava insatisfeito na atribuição há meses e disse a Dilma que vivia um ambiente de "intrigas e fofocas" no Palácio do Planalto. Além disso, o vice sofria pressão de setores do PMDB que insistiam que ele deixasse o cargo.
Na prática, Temer devolveu a função que Dilma havia delegado a ele em abril, numa de suas primeiras tentativas de pacificar a relação com o Congresso, onde sofreu derrotas sucessivas desde o início de seu segundo mandato.
A presidente fez um apelo que ele permanecesse acompanhando todas as funções da articulação política, mas o vice disse que Dilma "concordou" que ele deve "exercitar uma outra espécie de atividade ainda na coordenação política" e que "não há embaraço" com a petista.
IMPEACHMENT
Temer rechaçou ainda a hipótese de que sua decisão tenha alimentado movimentos que estimulam a votação de um processo de impeachment contra a presidente. "É falso, absolutamente falso. Sempre tenho dito e repetido que qualquer hipótese de impeachment é impensável".

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