Novo ministro do STF, Fachin defende diálogo para superar crise

FABIO MONTEIRO E FLÁVIA FOREQUE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, defendeu nesta quarta-feira (12) o diálogo para que o país supere o atual momento de crise política e econômica. De acordo com ele, os interesses do Brasil são maiores que os interesses momentâneos de uma crise política.
"Estar disposto ao diálogo, a troca de ideias que levem em conta interesses maiores do Brasil, e não interesses circunstanciais ou conjunturais é o grande desafio que se coloca para quem quer apostar numa estabilidade, e não evidentemente no caos", disse o ministro, após receber a condecoração da Ordem do Rio Branco, em cerimônia no Itamaraty.
Fachin é o mais novo ministro do Supremo -não tem nem dois meses no cargo. Ele foi empossado em junho, após ter sido indicado, em abril, pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a cadeira deixada por Joaquim Barbosa.
Segundo ele, o Brasil precisa de lideranças dispostas ao diálogo, que sejam flexíveis com posições divergentes até que se encontre consenso, de forma que seja alcançado a estabilidade econômica e a preservação das instituições democráticas.
Fachin também exaltou a vontade popular para a processo da democracia no país. "Do ponto de vista da democracia, a vontade popular é determinante para a periodicidade da escolha dos nossos governantes. E a vontade popular também expressa um gesto de soberania", disse.
Ainda de acordo com o ministro, é necessário preservar essa soberania do provo para preservar o sistema democrático.