GUSTAVO URIBE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia seguinte ao ter pedido ajuda aos partidos políticos para solucionar os problemas do país, o que causou mal-estar entre ministros do governo federal, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) recebeu elogios sobre o seu papel na atual crise política em encontro no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
Em reunião reservada com membros da Academia Paulista de Letras, realizada na quinta-feira (6), o peemedebista recebeu cumprimentos pelo discurso do dia anterior e avaliações de que a figura dele é importante no atual momento do país.
Ele também ouviu críticas sobre a atuação da presidente Dilma Rousseff (PT) e sobre os problemas de governabilidade da administração da petista. Um dos imortais chegou a brincar que o vice-presidente não tinha o "direito de morrer" no atual quadro de crise.
Preocupado com a repercussão da declaração do dia anterior, o peemedebista evitou fazer comentários tanto sobre as críticas como sobre os elogios.
Além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participaram do encontro os ex-ministros Celso Lafer (Relações Exteriores) e José Gregori (Justiça) -do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso- e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), entre outros.
Segundo relatos de presentes, José Gregori, que foi tesoureiro da campanha de Aécio Neves (PSDB) à sucessão presidencial, disse ao vice-presidente que a declaração do peemedebista faz sentido e que, neste momento, é preciso pensar na estabilidade do país.
A reunião ocorreu após homenagem feita a Temer pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por ele ter sido o primeiro político a implantar uma delegacia de atendimento à mulher, há 30 anos.
Em discurso, o governador listou todos os cargos ocupados pelo vice-presidente e disse que "acima de tudo" o peemedebista era "uma pessoa simples, desprovida de vaidade".
O tucano não é o único no PSDB a fazer gestos de aproximação ao vice-presidente. O peemedebista é amigo do senador José Serra (PSDB-SP). Esses laços alimentam setores que, hoje, citam Michel Temer como a alternativa menos traumática à crise, caso a presidente não termine o mandato.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.08.2015, 16:39:22 Editado em 27.04.2020, 19:57:38
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