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Oposição defende novas eleições como solução para crise política

MARIANA HAUBERT BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Diante do agravamento da crise política por que passa o governo da presidente Dilma Rousseff, parlamentares da oposição defenderam nesta quinta-feira (6) a convocação de novas eleições como uma solução para rec

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.08.2015, 17:33:25 Editado em 27.04.2020, 19:57:39
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MARIANA HAUBERT
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Diante do agravamento da crise política por que passa o governo da presidente Dilma Rousseff, parlamentares da oposição defenderam nesta quinta-feira (6) a convocação de novas eleições como uma solução para recuperar a estabilidade política e econômica do país.
Para eles, a pressão popular pode ser capaz de levar a uma renúncia de Dilma e do vice-presidente Michel Temer. "O PSDB continua na defesa da soberania do voto popular, da necessidade de encontrar na nação e no nosso povo, através da legitimidade do voto, a escolha de um novo governo para que possamos tirar o país da crise", afirmou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).
A oposição aposta em duas possíveis hipóteses que podem levar ao fim do governo Dilma. Uma delas seria a cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que analisa abusos durante as eleições de 2014, e a outra seria uma forte pressão social pela renúncia da dupla. Se o primeiro caso se confirmar, o tribunal teria que convocar novas eleições em três meses.
Entre os que apostam nesta saída, pelo TSE, está a ala do PSDB ligada ao senador Aécio Neves (MG), que acredita que ele poderia vencer o novo pleito graças ao recall do ano passado. O mineiro também seria beneficiado em caso de renúncia.
Em entrevista convocada para anunciar a estratégia, Cunha Lima rejeitou a tese de que novas eleições poderiam representar um golpe justamente porque a escolha do novo presidente teria a legitimidade das urnas. Os tucanos apostam que as manifestações marcadas para o dia 16 de agosto, quando o impeachment de Dilma será defendido nas ruas, podem ser aproveitadas para disseminar a tese.
O posicionamento da oposição também é uma forma de dizer "não" ao apelo feito por Temer nesta quarta-feira (5) em que pediu unidade "acima do governo e dos partidos políticos". Responsável pela articulação do governo com o Congresso, o peemedebista reconheceu o agravamento da crise política e disse que o país precisa de "alguém [que] tenha a capacidade de reunificar a todos".
"Concordamos com Michel Temer [vice-presidente da República] sobre a necessidade de encontrar alguém capaz de unir o país para sair da crise e ao mesmo tempo também tenho o convencimento da necessidade de que isso só se constrói através de eleições diretas, onde a sociedade, pelo voto soberano de cada brasileiro, garantirá a legitimidade que é indispensável para que possamos unificar o país em torno de um projeto de salvação nacional", afirmou Cunha Lima.
"A declaração de Temer, que é um constitucionalista, é o atestado de óbito desse governo. É determinante agora convocar novas eleições. Estamos em uma democracia e esse alguém ao qual ele se referiu não pode sair de conchavos de cúpulas político-partidárias ungido como salvador da pátria. Temer sabe bem que a única forma de reunificar é pelas urnas, ou não haverá credibilidade para nos tirar dessa crise", defendeu o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).
Para ele, Dilma e Temer terão "espírito público" diante de uma situação de "total instabilidade, inquietabilidade e insegurança" para convocar novas eleições". Questionado sobre como a oposição poderia defender novas eleições diante da possibilidade de não haver renúncia da cúpula do governo, Caiado afirmou que a pressão popular pode convencer o Planalto.
"Como cirurgião que sou, muitas vezes o paciente, quando você dá o diagnóstico, resiste. Daí em alguns dias ele vai e cede. No momento em que tivermos um 16 de agosto, mais uma sucessão de problemas que estamos vendo que são cada vez maiores, sucessão de desemprego e inflação desenfreada, eu diria para você que essa tese defendida não vai prevalecer [de permanência de Dilma e Temer no poder]", disse o democrata.

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