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Em meio à crise, PM deixa carros na garagem e vai trabalhar a pé no RS

GUILHERME CELESTINO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio à crise financeira que afeta o serviço público no Rio Grande do Sul, policiais da Brigada Militar do Estado de ao menos quatro cidades deixaram de usar os veículos da corporação neste domingo (2) e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.08.2015, 17:59:01 Editado em 27.04.2020, 19:57:44
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GUILHERME CELESTINO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio à crise financeira que afeta o serviço público no Rio Grande do Sul, policiais da Brigada Militar do Estado de ao menos quatro cidades deixaram de usar os veículos da corporação neste domingo (2) e foram trabalhar a pé como forma de pressionar o governo a não parcelar salários.
A Polícia Civil também adotou uma operação padrão neste final de semana e só tem atendido às ocorrências de urgência nas delegacias.
A medida é uma reação ao anúncio do governador José Ivo Sartori (PMDB) de parcelar os salários do funcionalismo público para quem ganha acima de R$ 2.150, caso dos servidores da Brigada Militar. O salário inicial de um policial de nível médio é de R$ 2.632.
Segundo informações do 19º Batalhão da Brigada Militar de Porto Alegre, ao menos dois batalhões da capital (19º e 20º), os de Santana do Livramento, Pelotas e Caxias do Sul estão com os carros na garagem devido à falta de manutenção e de documentos. Alguns veículos, de acordo com o batalhão, estão com os pneus carecas, sem freio e com lanternas quebradas.
O Batalhão de Operações Especiais, que faz o acompanhamento do jogo entre Internacional e Chapecoense, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, foi a pé ao Estádio Beira-Rio, de acordo com a PM.
Ricardo Agra, secretário-geral da Abamf (Associação dos Servidores de Nível Médio da Brigada Militar), disse à Folha na sexta-feira (31) que os órgãos de segurança vão parar suas atividades a partir desta segunda-feira (3).
Policias militares, bombeiros, policias civis, agentes penitenciários e peritos vão manter apenas os serviços de urgência.
PEDIDO DE PRISÃO
Por causa do descumprimento da ordem do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que proíbe o atraso ou o parcelamento dos salários dos servidores estaduais, policiais militares pediram a prisão de Sartori na manhã da sexta-feira (31).
O pedido foi protocolado no TJ depois que o governo do Estado confirmou o parcelamento dos salários de julho. Sartori não participou da entrevista coletiva sobre o assunto e apenas se comunicou por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais.
O TJ rejeitou outros dois mandados de segurança que pediam a prisão de Sartori por não pagar os salários integralmente.
Questionado na sexta sobre o descumprimento das decisões judiciais, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, disse que o Estado não tem dinheiro em caixa para pagar os salários em dia.
A Secretaria da Segurança Pública, em comunicado, disse que mantém "diálogo aberto" com os servidores. Afirmou ainda que "compreende" a situação e que está confiante que o efetivo manterá o atendimento à população.

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