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Sem citar Pizzolato, premiê pede a Dilma "soluções para casos difíceis"

MARINA DIAS, ENVIADA ESPECIAL ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - Em sua primeira visita a Itália desde que o governo de Roma autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, a presidente Dilma Rousseff ouviu nesta sexta-feira (10) que, com "relações renovadas" ent

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2015, 14:55:15 Editado em 27.04.2020, 19:58:17
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MARINA DIAS, ENVIADA ESPECIAL
ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - Em sua primeira visita a Itália desde que o governo de Roma autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, a presidente Dilma Rousseff ouviu nesta sexta-feira (10) que, com "relações renovadas" entre os países, o governo italiano "espera trazer soluções para os casos mais difíceis" quando se tratar de Justiça.
Sem citar nominalmente Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no mensalão, ou Cesare Battisti, que ganhou asilo no Brasil após ser condenado por terrorismo na Itália, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse que tratou com Dilma sobre "o setor de Justiça" e que espera resultados.
"Falamos sobre o setor de Justiça. Espero que essas relações renovadas, baseadas na cortesia, possam trazer solução aos casos mais difíceis, como no caso da Justiça", afirmou Renzi em declaração à imprensa após reunião com a presidente.
O governo italiano fala pouco em Pizzolato mas insiste em ter uma resposta do Palácio do Planalto sobre o caso Battisti. Oficialmente, porém, as discussões sobre esses temas não estavam previstas no encontro de Dilma com as autoridades italianas.
O ex-diretor do Banco do Brasil ainda está preso na Itália e espera decisão final da Justiça -prevista para setembro- após entrar com um recurso para frear o processo.
Antes de se reunir com Renzi, Dilma almoçou com o presidente italiano, Sergio Mattarella, no Palácio Quirinale, residência oficial da Presidência da República, e fez uma audiência com José Graziano, diretor-geral da FAO.
Os encontros foram rápidos e, segundo relatos de alguns dos presentes, tratou-se de temas amenos, sem citar os casos Battisti e Pizzolato.
PARCERIA ESTRATÉGICA
Com a visita, os governos de Brasil e Itália esperam retomar a parceria firmada entre os dois países em 2007, considera "estratégica".
Dilma disse que assinou com o governo italiano um plano de ação com 16 pontos, principalmente nas áreas de investimento, cultura, educação, defesa e justiça.
"Nossas relações se darão no mais alto nível entre os ministros, para garantir que ocorram mudanças reais", afirmou a presidente depois de se reunir com Renzi.
Dilma disse ainda que convidou os empresários italianos a participar do programa de concessões para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, recém-lançado por ela no Brasil. Para Dilma, a "parceria excepcional" com os italianos pode se firmar no setor de logística.
Segundo o Itamaraty, a ampliação dos investimentos na aérea de pequenas e médias empresas foi um dos destaques do encontro. Com 1.200 empresas italianas atuando no Brasil, a Itália foi, em 2014, um dos dez principais parceiros comerciais do país.
Além disso, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, Dilma discutiu com as autoridades italianas temas como defesa, educação e mudanças no clima.
Dilma viaja a Milão no fim da tarde desta sexta para, no sábado (11), visitar o pavilhão brasileiro na Expo Milão.
Realizada com dinheiro público mesmo durante a crise que acomete a Itália e diversos países da Europa, a feira foi muito criticada por sindicatos e movimentos sociais, que chegaram a criar um comitê "não à Expo" para protestar contra as cifras bilionárias da exposição que abriga, até outubro, pavilhões de 148 países.
Acompanharam a presidente na viagem a Itália os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e Jaques Wagner (Defesa), além do assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia.

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