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Procuradores pedem que ex-executivo da Odebrecht continue preso

MARIO CESAR CARVALHO E FLÁVIO FERREIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério Público Federal defende a prisão preventiva, que não tem prazo para terminar, do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, conhecido por ser um dos art

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.06.2015, 15:52:01 Editado em 27.04.2020, 19:58:44
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MARIO CESAR CARVALHO E FLÁVIO FERREIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério Público Federal defende a prisão preventiva, que não tem prazo para terminar, do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, conhecido por ser um dos articuladores da relação da empresa com políticos.
Ele teve sua prisão temporária decretada na última sexta-feira (19), cujo prazo se encerra nesta terça (23). O juiz Sergio Moro estendeu sua prisão até quarta (24) para que os procuradores e a defesa do executivo se posicionassem sobre pedido anterior da Polícia Federal de transformar a prisão de Alexandrino de temporária em preventiva.
Segundo os procuradores da operação Lava Jato, já há provas de que Alexandrino "reunia-se com Alberto Youssef e José Janene para negociar o pagamento de propina dirigida ao grupo político que se beneficiava dos contratos firmados com a Petrobras".
Ainda de acordo com os procuradores, o executivo fez isso na condição de diretor da Odebrecht, e "portanto sob as ordens de seu presidente, Marcelo Bahia Odebrecht".
Alexandrino pediu demissão da companhia nesta semana para, segundo comunicado, se dedicar integralmente à sua defesa.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em depoimentos de delação premiada que a Braskem, que integra o grupo Odebrecht, pagou de US$ 3 milhões a US$ 5 milhões de propina por ano para ter benefícios em negócios relativos à compra de nafta em contratos com a Petrobras.
PROPINAS
O doleiro Alberto Youssef e um de seus assistentes, Rafael Angulo Lopez, que fazia entregas de valores, também citam a Braskem em suas delações. Angulo relatou que ia ao escritório de Alexandrino buscar e levar documentos relativos a depósitos no exterior.
Por essas razões, ainda segundo os procuradores, "Alexandrino era importante elo do esquema criminoso, de integrante da organização criminosa ligado à Odebrecht". O ex-diretor nega o pagamento de propinas.
Por ter conhecimento de contas no exterior, afirma a força-tarefa da Lava Jato, Alexandrino teria "condições de ocultar não só valores remetidos para fora do território nacional, como, principalmente, as evidências probatórias de tais condutas".
A Braskem e o advogado de Alexandrino, Augusto Arruda Botelho, refutam com veemência que tenha havido qualquer pagamento ilegal em negócios com a estatal.

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