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Dilma discute risco de prisões da Lava Jato afetarem plano de concessões

ANDRÉIA SADI, VALDO CRUZ E MARINA DIAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O risco de as prisões dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez afetarem o programa de concessões virou motivo de preocupação do Palácio do Planalto e foi tema da reunião de coo

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.06.2015, 21:10:19 Editado em 27.04.2020, 19:58:48
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ANDRÉIA SADI, VALDO CRUZ E MARINA DIAS
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O risco de as prisões dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez afetarem o programa de concessões virou motivo de preocupação do Palácio do Planalto e foi tema da reunião de coordenação política desta segunda-feira (22) da presidente Dilma com sua equipe.
Segundo a reportagem apurou, a presidente orientou seus ministros a "observarem e acompanharem" com atenção os desdobramentos das prisões dos dois executivos -Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo- sobre os planos do governo para aumentar o investimento em infraestrutura.
Durante a reunião, foi debatido, por exemplo, se haverá uma "sucessão interna" nas duas empreiteiras, as maiores do país, e como isto pode afetar seus planos.
Enfrentando uma forte crise econômica -o país vai registrar recessão neste ano- a presidente Dilma busca criar uma agenda positiva para aumentar os investimentos e, com isto, garantir a retomada do crescimento.
Uma das maiores aposta é exatamente o programa de concessões, que prevê investimentos de R$ 198,4 bilhões em rodovias, aeroportos, portos e ferrovias. O plano, porém, começará a ter resultado apenas no ano que vem.
O temor da presidente é que as prisões de executivos das empreiteiras prejudiquem este cronograma, travando ainda mais o crescimento da economia.
No último sábado (20), o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), seguindo orientação de Dilma, já havia buscado afastar a possibilidade de o governo impedir que as duas empresas participassem dos leilões de concessão do governo diante da prisão de seus presidentes.
E Cardozo também rebatia, mesmo sem citá-lo, um trecho da decisão do juiz federal Sergio Moro sobre a prisão dos executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez.
Moro, em seu despacho, considerou que a permissão para empresas investigadas participarem de licitações e firmarem contratos com o poder público gera o risco de que elas continuem praticando atos de corrupção.
"Em relação ao recente programa de concessões lançado pelo governo federal, agentes do Poder Executivo afirmaram publicamente que elas (empreiteiras) poderão dele participar, gerando risco de reiteração das práticas corruptas", sustentou o juiz.
Cardozo classificou como "inadmissível" colocar sob suspeição o pacote de concessões lançado pelo governo federal.

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