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Juiz decreta segredo sobre caso de jornalista decapitado

BELO HORIZONTE, MG, (FOLHAPRESS) - Atendendo ao pedido do delegado que acompanha o caso, a Justiça decretou sigilo sobre as investigações do assassinato do jornalista Evany José Metzker, 67, ocorrido na cidade de Padre Paraíso (MG), no Vale do Jequitinhon

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.05.2015, 20:08:00 Editado em 27.04.2020, 19:59:45
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BELO HORIZONTE, MG, (FOLHAPRESS) - Atendendo ao pedido do delegado que acompanha o caso, a Justiça decretou sigilo sobre as investigações do assassinato do jornalista Evany José Metzker, 67, ocorrido na cidade de Padre Paraíso (MG), no Vale do Jequitinhonha. 

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Metzker desapareceu no último dia 13 e seu corpo foi encontrado decapitado e em estado de decomposição na segunda-feira (18). Ele mantinha um blog chamado "Coruja do Vale", em que publicava casos de violência na região e fazia críticas à administração pública. 


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Após o crime, o Sindicato dos Jornalistas de Minas divulgou nota em que manifesta "repulsa" e pede "apuração rigorosa" do caso - Foto: Divulgação




Por meio de nota, o delegado Emerson Morais, que comanda uma equipe de Belo Horizonte enviada para apurar o crime, justifica que o pedido de sigilo é "importante em função da complexidade do caso, da dificuldade de se apurar evidências e da multiplicidade de motivações para o crime". 

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A decisão foi tomada pelo juiz Ricky Bert Biglione Guimarães, da comarca de Araçuaí, município da região. 

Nesta semana, os investigadores visitaram o local do crime, ouviram pessoas que conviviam com o jornalista e tentaram reproduzir os últimos passos da vítima. Morais diz que não há registro formal de ameaças contra Metzker, e que trabalha com "todas as possibilidades". 

A avaliação é diferente da informada pela delegada Fabricia Nunes, que iniciou a apuração. Ela descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) -já que nada foi levado da vítima- e trabalhava com a possibilidade de crime político ou passional. Procurados, os delegados não concederam entrevistas. 

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REPERCUSSÃO 

Após o crime, o Sindicato dos Jornalistas de Minas divulgou nota em que manifesta "repulsa" e pede "apuração rigorosa" do caso. 

"O sindicato não aceita que a hipótese de o assassinato estar relacionado ao exercício da profissão de jornalista seja descartada antes de uma rigorosa e isenta investigação", diz o comunicado. 

O governador Fernando Pimentel (PT) determinou "apuração rigorosa" e que "todos os esforços" sejam feitos para esclarecer o crime e prender os culpados. 

O corpo do jornalista foi sepultado na cidade de Medina, onde ele morava com a mulher.

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