MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Projeto exige participação popular na reforma política

A Diocese de Apucarana está coletando assinaturas junto aos fiéis e à comunidade em geral para o “Projeto de iniciativa popular de reforma política democrática e eleições limpas”. O projeto foi elaborado pelo movimento denominado “Coalizão Democrática”

Da Redação

·
Padre Jefferson, coordenador da Ação Evangelizadora da Diocese  (Foto/Dirceu Lopes)
Icone Camera Foto por Reprodução
Padre Jefferson, coordenador da Ação Evangelizadora da Diocese (Foto/Dirceu Lopes)
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.05.2015, 09:10:00 Editado em 27.04.2020, 19:59:56
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A Diocese de Apucarana está coletando assinaturas junto aos fiéis e à comunidade em geral para o “Projeto de iniciativa popular de reforma política democrática e eleições limpas”. O projeto foi elaborado pelo movimento denominado “Coalizão Democrática”, representado por 101 entidades, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a própria Igreja católica. Seu objetivo é estabelecer no País um sistema de reforma política com a participação da sociedade, não somente de parlamentares.

continua após publicidade

Em nível de diocese, a coleta de assinaturas está sendo feita nos 35 municípios de sua abrangência, envolvendo 64 paróquias. Na região, espera-se obter em torno de 5 mil a 10 mil assinaturas e, no País, 1,5 milhão. O projeto será entregue posteriormente ao Congresso Nacional para sua apreciação e aprovação.

O padre Jefferson Nogueira da Matta, coordenador diocesano da “Ação Evangelizadora”, explica que a Coalizão defende a união do povo brasileiro pela ampliação das conquistas democráticas, realizando um conjunto de reformas estruturais, como a política, urbana, agrária e tributária, entre outras.

continua após publicidade

Hoje, essas reformas dependem do Congresso Nacional. Ele assinala, no entanto, que não há como realizar essas reformas sem antes aprofundar o processo de democratização do poder público no Brasil através de uma reforma política democrática, com ampla participação da sociedade civil.

A reforma política foi colocada em pauta em 2014, após a OAB entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação de inconstitucionalidade do financiamento de campanhas eleitorais por empresas. O fim deste tipo de financiamento, inclusive, é uma das propostas do projeto de reforma política.

“O problema estrutural mais grave é o financiamento de campanha eleitoral por empresas, uma das principais causas da corrupção”, assinala Padre Jefferson. Ele observa que o atual sistema é misto, ou seja, com recursos públicos e privados, porém a contribuição das empresas representa 95% das doações arrecadadas pelos partidos e candidatos. “Com isso, os eleitos acabam representando seus financiadores e não seus eleitores”, comenta.

continua após publicidade

O projeto de iniciativa popular proíbe o financiamento de campanhas eleitorais por empresas e propõe o financiamento democrático através de um fundo, constituído de recursos provenientes de multas administrativas, penalidades eleitorais e contribuições de pessoas físicas. O valor desta contribuição terá um limite máximo de R$ 700 e não pode ultrapassar 40% do total repassado pelo fundo ao candidato. Os candidatos receberão do fundo a mesma quantidade e em igualdade.

De acordo com Padre Jefferson, “além de barrar a corrupção, este sistema vai reduzir o número de candidatos e estabelecer que os recursos públicos sejam distribuídos de maneira igualitária, reduzindo distorções econômicas”. Também impõe que as doações sejam realizadas na página oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Projeto exige participação popular na reforma política"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!