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Relator de CPI critica colegas de PT por pedirem convocação de tucanos

RUBENS VALENTE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O relator da CPI da Petrobras, deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), criticou a iniciativa dos parlamentares da bancada do seu partido na comissão de pedirem a convocação, para depoimento, dos senadores do bloco

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.05.2015, 18:27:01 Editado em 27.04.2020, 20:00:00
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RUBENS VALENTE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O relator da CPI da Petrobras, deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), criticou a iniciativa dos parlamentares da bancada do seu partido na comissão de pedirem a convocação, para depoimento, dos senadores do bloco de oposição Aécio Neves (PSDB-MG), Agripino Maia (DEM-RN) e Álvaro Dias (PSDB-PR).
Anunciados na tarde desta quinta-feira (14) pela liderança do PT, os requerimentos para as convocações dos oposicionistas não haviam sido protocolados na comissão até o final da tarde.
O relator disse ter tomado conhecimento dos requerimentos pelos jornalistas. Ele se disse contrário à ideia.
Segundo a liderança do PT, o objetivo dos pedidos sobre Aécio e Alvaro é que eles expliquem o suposto pagamento de suborno de R$ 10 milhões para o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), relatado pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.
Sobre Agripino, os petistas querem que ele se manifeste sobre a acusação, feita por um empresário em 2012, de que ele recebeu pagamento de R$ 1 milhão em um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular no Rio Grande do Norte.
Luiz Sérgio disse que não foi consultado sobre a iniciativa.
"Um requerimento com esse teor, se foi apresentado, como vocês estão me relatando, entra também na classificação de requerimentos que têm o objetivo da disputa política. Então como estão apresentando requerimentos, de figuras do PT, com objetivo político, isso deve significar um trato, mas enquanto relator eu tenho a mesma interpretação. São requerimentos de disputa política que não têm a ver com o objeto da CPI", disse.
A CPI se reuniu nesta quinta para avaliar cerca de 60 requerimentos previamente destacados pelo relator.
Marcada por farpas e trocas de acusações entre parlamentares do PT, PSDB e PMDB, a parte deliberativa da sessão se arrastou por quatro horas, das 10h às 14h, sem conseguir votar outros requerimentos que estão há dias na fila, como os das convocações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Há também pendente um requerimento para a quebra do sigilo telefônico do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT-SP). Não há prazo para a votação desses pedidos.
Por volta das 14h, a análise dos requerimentos teve que ser interrompida porque começou, no plenário, a ordem do dia da Câmara.
Na CPI, a sessão continuou com o depoimento do executivo da empresa Sete Brasil Renato Sanches Rodrigues, que durou duas horas e pouco acrescentou à investigação. O engenheiro negou qualquer irregularidade e disse que só entrou na Sete Brasil em junho de 2014, portanto depois da deflagração da Operação Lava Jato.
DEFESA
O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), procurou afastar as dúvidas de que o comando da CPI não quis enfrentar os requerimentos mais controversos. Ele disse que seu papel nesse ponto se resume a pautar os requerimentos para votação do plenário da comissão.
"O que nós votamos hoje foram apenas requerimentos priorizados pelo relator porque teve início a ordem do dia. O PT usou o instrumento regimental, eu não tenho como não seguir o regimento da Casa."
Sobre os requerimentos acerca dos líderes do PSDB, Motta disse que não cabe a ele "dar opinião se concorda ou não concorda".
Indagado pela imprensa sobre o motivo pelo qual não pautou os requerimentos sobre Lula e Janot, o relator Luiz Sérgio disse que também os considera parte de uma "disputa política".
"Isso é um bom exemplo de dois requerimentos apresentados para a disputa política. Como relator vou lutar para que seja centrado nos objetivos [da CPI]. Dos requerimentos, um chega a ser uma provocação e outro foge completamente do escopo da CPI. O que não é legítimo é a CPI distanciar de seu objetivo que é investigar a corrupção", disse Sérgio.
"Tem requerimentos aprovados de empresários que nós precisamos inclusive planejar tempo para ouvi-los. Já teve vários requerimentos aprovados. Não pode ser a vontade individual de quem quer que seja. É preciso expressar a média ponderada da comissão. Mesmo o PSDB apresentou 87 requerimentos e já tiveram 45 deles aprovados. Vejo que não se justifica o esperneio", concluiu.

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