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Relator de MP do ajuste diz que deixará vice-liderança do governo

RANIER BRAGON BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Relator de uma das medidas provisórias do ajuste fiscal de Dilma Rousseff, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou na manhã desta quinta-feira (14) que deixará a vice-liderança do governo na Câmara e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.05.2015, 12:37:47 Editado em 27.04.2020, 20:00:00
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RANIER BRAGON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Relator de uma das medidas provisórias do ajuste fiscal de Dilma Rousseff, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou na manhã desta quinta-feira (14) que deixará a vice-liderança do governo na Câmara e que o Planalto, na questão do fator previdenciário, agiu como "pollyanna", ou seja, de forma ingênua.
Apesar de ser o relator da MP 664 -que restringe benefícios previdenciários-, Zarattini votou nesta quarta-feira a favor da flexibilização do fator, regra criada no governo de Fernando Henrique Cardoso para inibir as aposentadorias precoces.
O plenário da Câmara acabou aprovando por uma diferença de 22 votos uma alternativa mais suave ao fator, aplicando mais uma derrota ao governo. A emenda foi apresentada pelo petebista Arnaldo Faria de Sá (SP).
Temendo um aumento expressivo no rombo da Previdência, os governistas apelaram para que a emenda fosse rejeitada sob o argumento de que Dilma já havia se comprometido com as centrais sindicais a apresentar em até 180 dias uma proposta de alternativa ao fator.
"Desde o começo foi colocado para o governo que essa questão do fator ia entrar. O governo foi suficientemente avisado de que teria esse desfecho e de que ele teria que ter atuado. O governo, no fim, passou a ser pollyanna, passou a acreditar que o Eduardo Cunha não colocaria em votação, que o Arnaldo Faria de Sá aceitaria retirar sua emenda ou que o plenário a rejeitaria, em último caso", disse Zarattini.
O petista afirma que a aprovação da mudança força o governo a tratar o tema com urgência e a apresentar uma alternativa real, caso Dilma confirme a tendência de vetar o texto aprovado pelos deputados.
"Não dá para falar que a culpa é dos 9 do PT [que votaram pela suavização do fator], dos 12 do PC do B, dos 20 do PMDB. Não é, há uma vontade majoritária na Casa de mudar o fator previdenciário. Se o líder do PT não tivesse orientado para votar contra, o PT votaria 100% a favor", disse Zarattini.
Após a votação, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou publicamente o relator afirmando ter sido um "grande equívoco" o petista ter votado, no caso do fator, contra a orientação do Palácio do Planalto.
"Vou me afastar da vice-liderança. Vou continuar defendendo o projeto, vou continuar defendendo o governo, mas acho que fica mais cômodo para o líder recompor a vice-liderança", afirmou Zarattini.

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