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PF indicia 4 ex-deputados por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro

MARIO CESAR CARVALHO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal concluiu sete inquéritos que investigam ex-deputados e indiciou André Vargas (ex-PT-PR), Luiz Argolo (SDD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e sua filha Aline Corrêa (PP-SP). O doleiro Alberto Yo

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.05.2015, 17:34:56 Editado em 27.04.2020, 20:00:04
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MARIO CESAR CARVALHO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal concluiu sete inquéritos que investigam ex-deputados e indiciou André Vargas (ex-PT-PR), Luiz Argolo (SDD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e sua filha Aline Corrêa (PP-SP). O doleiro Alberto Youssef e o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, que foi ministro do presidente Fernando Collor, também foram indiciados.
Os ex-deputados do PP recebiam uma espécie de mesada do doleiro porque o partido havia indicado Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. A propina correspondia a 1% do valor dos contratos fechados por essa diretoria, de acordo com Youssef.
No total, foram 30 indiciamentos por suspeitas de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, fraude à licitação e integrar organização criminosa.
Youssef foi indiciado cinco vezes; André Vargas e Pedro Corrêa, três vezes cada um.
Indiciamento é a figura que a autoridade policial recorre quando acredita ter elementos que apontam para a prática de um crime.
Todos os ex-parlamentares estão presos desde 10 de abril. Como eles não foram eleitos, o Supremo enviou as suspeitas que havia contra eles para o juiz Sergio Moro, que decretou a prisão.
O empresário Leonardo Meirelles, sócio do laboratório Labogen, também foi indiciado por fraude à licitação junto com o ex-ministro Leoni Ramos e André Vargas.
A PF considerou que a parceria que a Labogen conseguiu com o Ministério da Saúde para produzir o princípio de um remédio que era importado, um negócio que renderia R$ 31 milhões ao laboratório, foi uma fraude à lei das licitações.
Escutas e interceptações de mensagens feitas com autorização judicial apontam que a parceria foi obtida com a ajuda de Vargas.
O Ministério da Saúde rompeu a parceria logo após as investigações da Operação Lava Jato terem mostrado que o doleiro e o ex-deputado estavam por trás do negócio.
Também foram indiciados a mulher de André Vargas e o filho e a nora do ex-deputado Pedro Corrêa. Eles são acusados de terem servido de laranja para os ex-parlamentares.
O publicitário Ricardo Hoffmann, que foi dirigente da agência Borghi Lowe em Brasília até dezembro do ano passado, também foi indiciado. Produtoras de comerciais que eram contratadas pela agência repassaram pelo menos R$ 3,17 milhões para empresas controladas por Vargas, ainda segundo a PF. A agência atende o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal.
Há suspeitas de que os pagamentos a Vargas eram uma recompensa à ajuda que o ex-deputado deu a Hoffmann para conseguir os dois contratos.
O publicitário negocia um acordo de delação premiada com procuradores e delegados da Lava Jato.
OUTRO LADO
O advogado Haroldo Nater, que defende Leonardo Meirelles, disse que "a PF cometeu um grande equívoco" ao indiciar seu cliente. "Para haver fraude à licitação tem de ter contratação por parte do governo e isso não ocorreu no caso da Labogen".
O laboratório, segundo ele, tinha apenas assinado uma espécie de carta de intenções com o laboratório da Marinha, que fazia parte da parceria com o Ministério da Saúde.
Os outros indiciados não se manifestaram até o fim da tarde.

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