RANIER BRAGON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ao ser cobrado nesta quinta-feira (7) por ter recebido em seu gabinete advogados de empresas investigadas na Operação Lava Jato, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a defender nesta quinta-feira (7) sua atitude e disse que as críticas partem de "mentalidades autoritárias".
Chefe da pasta à qual está subordinada a Polícia Federal, Cardozo participou de uma comissão geral, espécie de sabatina, no plenário da Câmara dos Deputados.
Sobre o encontro que teve em fevereiro com advogados da Odebrecht, ressaltou que a reunião foi registrada em ata e que é seu dever receber advogados. Em sua opinião, atitude contrária representa uma "mentalidade autoritária" que tenta criminalizar o exercício da advocacia.
Desde que o encontro veio a público, Cardozo passou a ser cobrado pela oposição. Na sessão desta quinta, as críticas partiram do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), segundo quem pega mal ministro da Justiça receber "advogados de grandes criminosos".
Cardozo voltou a dizer que no encontro os advogados da Odebrecht reclamaram de vazamentos à imprensa de dados sigilosos da investigação e pediram uma certidão com o objetivo de questionar passos da investigação. Ele ressaltou que essa certidão não foi dada.
Na sessão, o ministro discorreu sobre temas de sua pasta, afirmou que o plano de segurança nacional do governo visará reduzir a taxa de homicídios e crimes violentos, combater organizações criminosas nos presídios e reforçar a interligação das políticas de segurança com as políticas sociais.
Ele também reafirmou sua posição contrária à redução da maioridade penal, tema que a Câmara discute neste momento.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.05.2015, 16:32:53 Editado em 27.04.2020, 20:00:11
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