GABRIEL MASCARENHAS
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo brasileiro fechou na manhã deste sábado (11) a carta de compromissos que enviará ao Estado italiano na tentativa de conseguir a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão.
O texto foi finalizado em reunião entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, que é subsecretário-geral das Comunidades brasileiras no exterior.
O Ministério da Justiça não divulgou o teor do documento, o que só deve acontecer na segunda-feira, quando vencerá o prazo para enviá-lo à Itália.
Pizolatto está preso na cidade italiana de Módena. Em fevereiro deste ano, o Judiciário daquele país decidiu pela extradição do réu.
A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil, porém, argumenta que a estrutura penitenciária brasileira não oferece condições mínimas de segurança a Pizzolato.
A tendência é que a correspondência, finalizada neste sábado, contenha compromissos relativos a esse tema, com o objetivo de convencer as autoridades italianas de que Pizzolato pode cumprir pena no Brasil, possivelmente no presídio da Papuda, em Brasília, sem riscos para sua integridade física.
REVIRAVOLTA
Em novembro do ano passado, a Corte de Apelação de Bolonha recusou o pedido de extradição, sob justificativa de que o Brasil não ofereceu garantias de segurança ao condenado.
Três meses depois, no entanto, a Corte de Cassação da Itália acatou o recurso que beneficiava o governo brasileiro, revertendo a decisão anterior, e decidiu pela extradição.
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2015, 15:25:15 Editado em 27.04.2020, 20:01:01
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