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Líder do PMDB diz que governo 'transforma as coisas em derrota'

MÁRCIO FALCÃO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um dia após o PMDB subir o tom contra o ajuste fiscal e atuar para obrigar a presidente Dilma Rousseff a renegociar as dívidas dos Estados, o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), negou que exista u

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.03.2015, 19:09:23 Editado em 27.04.2020, 20:01:34
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MÁRCIO FALCÃO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um dia após o PMDB subir o tom contra o ajuste fiscal e atuar para obrigar a presidente Dilma Rousseff a renegociar as dívidas dos Estados, o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), negou que exista uma operação de "fogo amigo" do principal aliado da petista.
O peemedebista responsabilizou o Planalto pelos problemas com sua base no Congresso e criticou o ministro Joaquim Levy (Fazenda), que resistia a regulamentar a lei que permite a Estados e municípios renegociarem suas dívidas com juros mais baixos.
Incomodados com a postura do governo, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentaram uma alternativa e aprovaram nesta terça na Câmara um projeto obrigando que a Fazenda aplique em 30 dias a renegociação dos débitos de prefeitos e governadores.
"O problema é que o governo é quem transforma as coisas em derrota. O que nós votamos ontem não foi derrota do governo. Nós votamos a lei [da renegociação] no final do ano passado e pactuamos com o governo. A presidente sancionou a lei. Quem não quis cumprir a lei foi o ministro da Fazenda porque discordava da lei", afirmou o Picciani.
"A lei não é para concordar ou descumprir. É para cumprir. É problema dele não achar a lei correta. Tem que cumprir. O Congresso tem obrigação de zelar pelo cumprimento das leis. Estamos zelando pela sanção", completou.
A reportagem apurou que, num jantar com a cúpula do PMDB, no Palácio do Jaburu, Levy teria dito que não poderia bancar a renegociação e que o texto foi aprovado na gestão anterior, sem consulta a ele. A fala irritou os peemedebistas.
A lei abate parte da dívida e dá folga para Estados e prefeituras contraírem novos empréstimos. Os principais beneficiados seriam as prefeituras de São Paulo e do Rio.
A equipe econômica pretendia engavetar a regulamentação da lei, mas o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), entrou na Justiça e conseguiu liminar (decisão provisória) que permite aplicar a nova lei imediatamente. O governo vai recorrer.
Reservadamente, a presidente afirmou ter se sentido traída por Paes, que é cogitado candidato do PMDB à Presidência da República em 2018.
Segundo interlocutores, a petista reclamou que tem atendido vários pleitos dele e, mesmo assim, Paes "puxou a fila dos prefeitos" contra ela.

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