Prefeituras de toda a região estão adotando medidas de austeridade no sentido de enfrentar o que consideram grave crise econômica que afeta o País. A preocupação maior dos prefeitos é com a elevação dos custos de funcionamento da máquina administrativa diante do aumento do preço dos combustíveis e cortes de verbas por parte dos governos federal e estadual, além da queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Neste aspecto, os gestores públicos estão cortando gastos em todos os setores.
A Prefeitura de Arapongas, por exemplo, anunciou em seu site oficial, nesta semana, que a administração municipal está se organizando para providenciar, nos próximos dias, ações de contenção de gastos. A preocupação da gestão do prefeito padre Antônio José Beffa (PHS) é com a crise econômica que o País começa a enfrentar e que deverá afetar as finanças dos municípios de modo geral.
O secretário municipal de Governo, Alcides Livrari Júnior, garantiu ontem que, embora haja esta preocupação da administração municipal com a crise econômica em nível de governo federal, a Prefeitura ainda não tem nada definido sobre quais medidas poderiam ser adotadas para contenção de gastos. Ele informa que, por enquanto, apenas foi solicitado às secretarias de Finanças e Administração um relatório completo sobre o comportamento das receitas e despesas neste início de ano. “O objetivo é saber como estão as finanças do município para enfrentar uma situação adversa em nível federal”, assinala.
De acordo com Alcides Livrari, este estudo por parte das secretarias de Fianças e Administração deverá ser concluído em trinta dias. Somente com este estudo e depois de conhecido o resultado do levantamento, serão discutidas que medidas adotar. “Não será feito nada às pressas e também, com certeza, não será um pacotaço”, afirma.
Em Cambira, o prefeito Maurílio dos Santos (PR), informa que está segurando tudo quanto é gasto. As máquinas e caminhões estão parados para economizar combustível. Sua intenção é garantir o transporte escolar e o deslocamento das ambulâncias para os centros médicos da região.
Maurílio diz que também está cortando as horas extras do funcionalismo. “Temos que garantir recursos para pelo menos quitar a folha de pagamento”, afirma. De acordo com Maurílio, há servidor que só de horas extras ganha o dobro do salário normal. “São coisas erradas que vêm de gestões anteriores que estão penalizando a administração atual”, comenta.
Maurílio observa que, como prefeito interino, concedeu reajuste salarial de 5% ao funcionalismo em 2013 e mais 8% em 2014. Mesmo assim há um déficit de 32% que precisa ser amenizado. “Não fosse essas horas extras já poderíamos ter dado mais aumento salarial para todos”, diz.
Em Borrazópolis, o prefeito Adilson Luchetti (PSB), o Didi, diz que desde julho do no passado, antes das eleições, já começou a adotar medidas de contenção de gastos pensando nas dificuldades que viriam neste ano. Uma das primeiras medidas foi a exoneração de 23 servidores em cargos comissionados. Também está sendo feito um rigoroso controle de despesas com combustíveis.
“Em função disso, hoje estamos com uma situação equilibrada, com pagamentos em dia dos salários dos servidores e compromissos com fornecedores. Mesmo assim, continuamos com o pé no freio”, declara.
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