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Futuro presidente da CPI da Petrobras diz que não haverá proteção a político

MÁRCIO FALCÃO BRASÍLIA, DF - Indicado pelo PMDB para presidir a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras na Câmara, o deputado Hugo Motta (PB) afirmou nesta segunda-feira (23) que não haverá blindagem durante as investigações de políticos env

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2015, 19:44:51 Editado em 27.04.2020, 20:02:37
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MÁRCIO FALCÃO
BRASÍLIA, DF - Indicado pelo PMDB para presidir a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras na Câmara, o deputado Hugo Motta (PB) afirmou nesta segunda-feira (23) que não haverá blindagem durante as investigações de políticos envolvidos no esquema de corrupção na estatal.
No meio político, há expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente nos próximos dias denúncia contra congressistas suspeitos de ligação com o esquema.
Segundo Motta, não há mais espaço no Congresso para manobras corporativistas. "Não cabe mais manobras. Essas manobras que foram feitas para tentar aliviar punições maiores, hoje dificilmente conseguirão ganhar forma", disse o peemedebista.
Motta, que tem 25 anos e está em seu segundo mandato, é ligado ao grupo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No ano passado, ele presidiu a Comissão de Fiscalização Financeira e comandou depoimentos da ex-presidente da Petrobras Graça Foster, do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) e do ex-diretor Nestor Cerveró sobre a compra polêmica da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que colocou a estatal no centro da crise.
Ele também recebeu doações na campanha de 2014 de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Os repasses foram declarados à Justiça Eleitoral e não há informação de que sejam investigados no esquema.
O PMDB, partido de Motta, é um dos apontados como beneficiário do esquema de pagamento de propina na estatal. Ele defendeu que a Casa precisa agir dentro do regimento para analisar o caso de políticos que forem denunciados pelo Ministério Público Federal.
O futuro presidente da CPI afirmou que a prioridade, além de encontrar culpados, é tirar a empresa da crise.
"A CPI tem que fazer parar de sangrar a empresa que é um patrimônio nacional. Independente de governo ou oposição temos que ter a responsabilidade de ver a empresa melhorar sua saúde econômica e contribuir para o crescimento do país. O Congresso tem que estancar essa sangria o quanto antes e ela possa ressurgir. Além de apurar e punir, a CPI precisa tirar a CPI desse mar", afirmou.
O parlamentar disse ainda que no que depender dele "não haverá pizza", que a CPI não terá o mesmo fim da realizada no ano passado, que acabou sem efeitos práticos e não se comprometeu com a inclusão do governo do PSDB no objeto de investigação, como defendem os petistas. Ele disse que essa questão terá que ser votada pelo plenário da CPI que começa a trabalhar na quinta-feira (26).
O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que o partido terá autonomia e vai ditar o ritmo das investigações para serem aceleradas. Ele negou que o partido tenha participado de forma institucionalizada dos desvios na empresa.
Ele deve oficializar a indicação de Motta e dos deputados Lelo Coimbra (ES), Celso Pansera (RJ), Edio Lopes (RR) e Darcisio Perondi (RS) para o colegiado da comissão.
A vice-presidência da CPI deve ser repassada ao PSDB, segundo Piccinai, por questão regimental.
A relatoria também deve ser entregue ao PT. O deputado Vicente Cândido (PT-SP) é um dos cotados. O PMDB defendeu a indicação do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Os nomes foram discutidos nesta segunda durante almoço de Picciani com o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) , o líder do governo, José Guimarães (CE), e o líder do PT, Sibá Machado (AC0).
No encontro, segundo Picciani, o Planalto sinalizou que o PMDB terá mais destaque nas decisões importantes do governo.

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