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Oposição diz que mensagem de Dilma ao Congresso é 'peça de ficção'

GABRIELA GUERREIRO BRASÍLIA, DF - A oposição classificou nesta segunda (2) de "peça de ficção" a mensagem da presidente Dilma Rousseff encaminhada ao Legislativo para a abertura dos trabalhos do Congresso Nacional em 2015. Congressistas do DEM e do PSDB

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2015, 21:32:43 Editado em 27.04.2020, 20:03:21
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GABRIELA GUERREIRO
BRASÍLIA, DF - A oposição classificou nesta segunda (2) de "peça de ficção" a mensagem da presidente Dilma Rousseff encaminhada ao Legislativo para a abertura dos trabalhos do Congresso Nacional em 2015. Congressistas do DEM e do PSDB afirmaram que o texto não expressa a realidade do país, especialmente no campo econômico.
Estreando seu mandato no Senado, José Serra (PSDB-SP) disse que a mensagem se refere a "outro país, possivelmente no hemisfério Norte". "Não apresenta uma estratégia coerente para tirar o Brasil desta situação de crise econômica. A presidente novamente abusa da ideia de propor reformas sem explicar do que se trata, como no caso das reformas tributária e política", atacou o tucano.
Líder do PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP) disse que Dilma apresentou ao Congresso um país de "mil maravilhas", que não representa o Brasil real. "A mensagem ao Congresso é mais uma peça de ficção, ação de marquetagem, uma tentativa de ocultar os problemas reais com os quais os brasileiros se deparam: inflação alta, economia estagnada, apagão, aumento de impostos e risco de desemprego", afirmou.
Para o líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), a presidente mentiu na mensagem por apresentar números e informações desconectadas da realidade. "Ela mentiu com se ainda estivesse em campanha", criticou.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), também disse que a mensagem é uma "compilação de promessas feitas e não cumpridas" no primeiro governo da petista. "Tudo que se fala neste governo, se fala com descrédito. A começar por este pecado mortal que, em qualquer país do mundo civilizado, geraria um processo de impeachment: R$ 2,7 bilhões jogados fora, como foi o caso das duas refinarias [da Petrobras] anunciadas, mas extintas para o Nordeste", afirmou.
Na mensagem, Dilma não mencionou as denúncias de corrupção na Petrobras, mas fez uma defesa da estatal e da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Também defendeu o pré-sal ao afirmar que a sua "riqueza" já é uma "realidade" para o país.
A leitura da mensagem, feita pelo primeiro-secretário do Congresso, Beto Mansur (PRB-SP), foi interrompida por gritos de congressistas da oposição no momento em que o deputado falava sobre a refinaria de Abreu e Lima.
Os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Antônio Imbassahy (PSDB-BA) acusaram a presidente de "mentir" ao afirmar que está tudo bem na refinaria e pediram que esse trecho da mensagem seja retirado. "Isso é mentira, é criminoso. Petrolão", gritaram.
MENSAGEM
Na mensagem encaminhada ao Congresso, Dilma defendeu as primeiras medidas econômicas adotadas em seu segundo mandato e afirmou que os ajustes na área fiscal não vão promover "recessão e retrocesso" no país. A petista disse que as mudanças na economia terão efeito apenas a médio prazo no Brasil.
"Ajustes fazem parte do dia a dia da política econômica. Ajustes nunca são um fim em si mesmo, são medidas necessárias para atingir objetivos de médio prazo, que em nosso caso permanece o mesmo, crescimento econômico com justiça social", afirmou. "Não promoveremos recessão e retrocesso", completou.
Na mensagem, Dilma admitiu que a economia internacional sofreu "instabilidades e incertezas", por isso o governo implementou o ajuste para preservar a economia do país.
Apesar de ter anunciado um pacote de medidas que reduzem direitos trabalhistas, a presidente negou mudanças no setor. Também negou que as novas regras em benefícios como abono salarial sejam decorrentes de ajuste fiscal. Dilma fez um apelo para que o Congresso mantenha a atual política de valorização do salário mínimo, considerada por Dilma medida necessária a redução das desigualdades.
Segundo a presidente, as políticas sociais vão continuar a ser prioridade em seu segundo mandato, com correções em "distorções" encontradas em alguns dos programas do governo --sem mencionar quais as irregularidades.

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