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Dilma diz a sueco que compra de caças ficou para 2012

O adiamento da compra dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) foi um dos temas da conversa de cerca de uma hora, no Palácio do Planalto, entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, que está em visita oficial

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.05.2011, 15:18:02 Editado em 27.04.2020, 20:47:20
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O adiamento da compra dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) foi um dos temas da conversa de cerca de uma hora, no Palácio do Planalto, entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, que está em visita oficial ao País. Reinfeldt defendeu o modelo sueco e a presidente Dilma explicou que este é um ano de contenção de despesas e que, por isso, a definição da compra dos caças ficou para 2012. Na conversa, Dilma disse que os três projetos estudados pelo governo brasileiro têm problemas, cada um com suas especificidades. O caça sueco Gripen, por exemplo, ainda não saiu do papel.


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Na declaração conjunta de Dilma e Reinfeldt, no entanto, este tema não foi tratado. Em sua declaração à imprensa, ao lado do primeiro-ministro da Suécia, a presidente preferiu falar sobre o desejo de o Brasil se desenvolver de forma competitiva, inovadora, sustentável e com ênfase no bem estar de seu povo. Dilma também citou as relações e os negócios entre Brasil e Suécia.


Dilma defendeu a necessidade de maior eficiência e legitimidade de instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, o Conselho de Segurança das Nações Unidas e o conselho de direitos humanos da ONU. Ela pediu ainda apoio à indicação do ex-ministro José Graziano para a direção da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). "O candidato brasileiro reúne as mais sólidas credenciais para assumir este importante cargo", disse Dilma, ao explicar ao primeiro-ministro sueco a indicação de Grazianno.


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A presidente também informou ao primeiro-ministro a posição Brasil em relação aos conflitos no Oriente Médio e na África. "O Brasil espera que a comunidade internacional ajude os países da região, por meio do diálogo e da negociação, com respeito à soberania nacional, às liberdades civis e aos direitos humanos e sendo necessário observar estritamente o mandato da ONU", declarou. "Não se pode postergar uma solução negociada em todos os rincões do mundo."


Segundo a presidente, Suécia e Brasil defendem que o desarmamento passe não apenas pela redução dos arsenais, mas também pela de armas nucleares. Dilma lembrou que Brasil e Suécia atuam de forma coordenada na luta contra os desafios da mudança do clima e agradeceu o apoio para a Conferência do Clima - a Rio +20 -, a ser realizada em junho do ano que vem.


Investimentos


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Após lembrar que a Suécia é um país tradicional e importante investidor no Brasil, onde existem mais de 200 empresas suecas que geram mais de 50 mil empregos, com faturamento de US$ 23 bilhões, Dilma citou que o comércio entre os países triplicou entre 2003-2008, apesar da crise. A presidente disse que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de infraestrutura para a Copa do Mundo e a Olimpíada podem receber investimentos da Suécia.


A presidente comentou também que, na área tecnológica, ela e Reinfeldt concordam que a cooperação já começa a produzir resultados concretos, como o projeto conjunto da Vale e da Scania, para a adaptação no Brasil de motores de grande porte. Dilma falou ainda da importância do centro de pesquisa e inovação sueco-brasileiro em São José dos Campos (SP), que contribuirá para o desenvolvimento do setor aeroespacial dos dois países, e dos projetos de biocombustíveis desenvolvidos pelos parceiros. A presidente citou as vagas em universidades suecas dadas a estudantes brasileiros e disse que deseja "dar início, em breve, ao projeto piloto de produção de etanol na Tanzânia".


Reinfeldt, por sua vez, observou que os dois países vão crescer a níveis semelhantes este ano - 4,5% a Suécia e 5% o Brasil. Isso, segundo ele, servirá para incrementar os negócios entre os dois países. O primeiro-ministro disse ainda que São Paulo já é considerado o segundo parque industrial da Suécia. Ao falar do aprofundamento das parcerias, ele destacou a área de biocombustíveis, lembrando que a Suécia é o maior importador de etanol do Brasil na União Europeia.

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