MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

CPI da Dívida Pública tira dúvidas com Serraglio

O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB) esteve na Câmara de Apucarana, na noite desta sexta-feira (18), onde se reuniu com integrantes da CPI da Dívida Pública. Ex-relator da CPI dos Correios, ele esteve em Apucarana a convite do vereador Marcos Mart

Da Redação

·
 Osmar Serraglio se reuniu com integrantes da CPI da Dívida Pública
Icone Camera Foto por Divulgação
Osmar Serraglio se reuniu com integrantes da CPI da Dívida Pública
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.02.2011, 13:27:00 Editado em 27.04.2020, 20:50:49
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB) esteve na Câmara de Apucarana, na noite desta sexta-feira (18), onde se reuniu com integrantes da CPI da Dívida Pública. Ex-relator da CPI dos Correios, ele esteve em Apucarana a convite do vereador Marcos Martins (PTC), relator da CPI da Dívida Pública. “Aceitei o convite porque minha trajetória como parlamentar acabou se destacando em função da CPI dos Correios. Se puder contribuir com os trabalhos desta e de outras CPIs, estarei sempre à disposição”, afirmou o deputado, durante entrevista coletiva. Para ele, a CPI “tem a força de um juiz” e deve ser vista como “o maior instrumento de investigação que o povo tem, porque o Legislativo é a Casa do Povo”.

continua após publicidade


Serraglio também frisou que veio a Apucarana sem conhecer exatamente o objeto da CPI,mas afirmou que ficou feliz ao saber que trata-se de uma investigação geral, destinada a responder a uma curiosidade de toda a população. “É de fato importante saber qual o valor da dívida, como ela foi feita e, se houve irregularidades, saber quem foi o culpado. Neste ponto, a Câmara está fazendo valer a Lei de Responsabilidade Fiscal. Qual é a regra de ouro dessa lei? O administrador público só pode gastar o que tem”, afirmou Serraglio.


Durante a reunião com os integrantes da CPI da Dívida Pública, da qual participaram também os assessores jurídicos da Câmara, Serraglio conheceu detalhes sobre a quantas andam as investigações e respondeu a questionamentos diversos. Os vereadores quiseram saber, por exemplo, sobre algumas atitudes que a CPI pode tomar durante a fase de depoimentos, que vai começar nesta semana. O deputado foi objetivo: em caso de desacato a integrantes da CPI, por exemplo, os vereadores podem dar voz de prisão e pedir que o depoente seja encaminhado à Delegacia. O mesmo pode ocorrer se houver flagrante contradição nos depoimentos, demonstrando que o depoente está mentindo. O parlamentar frisou que tudo isso deve ser esclarecido aos depoentes e seus advogados antes do início das sessões. Como a CPI tem recebido várias denúncias, como a de dispensa de licitação para aquisição de milhões de pães pela Prefeitura junto ao Iprohpar, os vereadores quiseram saber se a investigação deve ser desdobrada em outras CPIs ou se pode ser englobada dentro do mesmo relatório. Serraglio sugeriu que tudo o que implique em despesas seja apurado pela mesma CPI, mas lembrou que quando a investigação em torno de determinado assunto estiver esgotada poderá originar relatórios parciais, com os conseqüentes medidas administrativas.

continua após publicidade


“Pela minha experiência, a CPI está naquela categoria de medias que a gente sabe como começa, mas não sabe ao certo como termina”, afirmou Serraglio. O relatório da CPI dos Correios teve efeitos práticos maiores do que nenhuma outra. Foi a partir do relatório dessa comissão que o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra 40 pessoas envolvidas no chamado esquema do mensalão - entre os denunciados estão José Genoino, Delúbio Soares, Luiz Gushiken, Marcos Valério, Duda Mendonça e outros, acusados pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão ilegal de divisas, corrupção ativa e passiva e peculato.


Serraglio, que é advogado formado pela Faculdade de Direito de Curitiba e lecionou Direito Administrativo na PUC de São Paulo, também recomendou aos vereadores que apliquem o conteúdo do Decreto Lei 201, que trata, entre outras coisas, sobre a responsabilidade dos prefeitos em fornecer as informações solicitadas pelas câmaras, sob pena inclusive de enfrentar processo de cassação. Os vereadores consideraram a reunião muito produtiva. “Ele veio enriquecer não só os trabalhos da CPI, mas da Câmara como um todo”, disse o presidente da Câmara, Alcides Ramos (DEM). “Certamente, nossos trabalhos vão fluir ainda melhor a partir de agora”, acrescentou Júnior da Femac (PDT), presidente da CPI da Dívida Pública.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "CPI da Dívida Pública tira dúvidas com Serraglio"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!