Abrir a escola para a comunidade. Esta foi a proposta para a rede pública de ensino anunciada ontem pelo vice-governador do Paraná e secretário de Estado de Educação, Flávio Arns (PSDB), durante uma visita ao Núcleo Regional de Educação (NRE), em Apucarana.
“Vamos ‘derrubar os muros’, valorizar quem trabalha, articular as coisas boas. A comunidade tem que dizer ‘essa escola é minha”, disse Arns, que ainda se encontrou com diretores, professores e alunos nos colégios estaduais Nilo Cairo e Francisco Antônio de Souza e Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), no município.
Anteontem, ele esteve com o governador Beto Richa (PSDB) em Ortigueira, abrindo o ano letivo, e hoje cumpre agenda em Maringá.
De acordo com Arns, o Governo do Estado está trabalhando para dar solução aos desafios da Educação no Paraná. “Cerca de três mil professores aprovados no concurso público de 2007 serão chamados no início de março, os recursos para o transporte foram duplicados e haverá um chamamento público, a partir de segunda-feira, para atrair crianças e jovens que estão fora da escola”, enumerou.
Além disso, o vice-governador salientou que a infraestrutura das escolas públicas do Paraná será avaliada por técnicos. “Queremos que as escolas sejam bonitas, acolhedoras, o que não significa luxo. Em março, mais de dois mil engenheiros estarão em campo visitando todas as escolas, verificando as instalações, parte elétrica e hidráulica”, assinalou.
Para ele, o aprendizado com o impasse que envolveu os professores convocados através do Processo de Seleção Simplificado (PSS) vai ajudar a melhorar o processo para o início das aulas em 2012. “Estamos começando um novo tempo na área da educação e o resultado desse trabalho será sentido no início do próximo ano letivo, quando todos os nossos alunos começarão as aulas em situação de normalidade”.
Ontem, 97% das 2.136 escolas da rede pública funcionavam com o quadro de professores completo. O quadro é formado por 69.103 professores, dos quais 59.603 são efetivos e 9.500 temporários.
Arns ainda antecipou que Apucarana poderá contribuir com o processo de implantação do ensino em tempo integral em 500 escolas estaduais nos próximos quatro anos.
“Apucarana tem uma experiência de muitos anos. Vamos falar com os municípios para conhecer as dificuldades, ver o que já se tem feito e tentar aproveitar”, disse. Conforme ele, enquanto não houver educação integral em todo o Paraná, as escolas deverão oferecer atividades durante o contraturno.
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