Mais de 2,5 mil eleitores que não votaram e não justificaram a ausência nas três últimas eleições podem ter o título cancelado na região. Em Apucarana, são 982 pessoas nesta situação e, em Arapongas, 943, segundo levantamento dos fóruns eleitorais das duas cidades. Em todo o Brasil, 1.472.174 pessoas podem perder o documento. Em todo o Paraná, são 76.943 eleitores.
O analista judicial Alex Petruci, do Fórum Eleitoral de Arapongas, explica que, para regularizar a situação, os eleitores têm até o dia 14 de abril para comparecer ao cartório eleitoral mais próximo.
Em Ivaiporã, são 258 eleitores que devem procurar o Fórum Eleitoral; em Jandaia do Sul, o número de pessoas que podem perder o documento chega a 127.
Já está disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet (www.tse.jus.br), na opção “Serviços ao eleitor”, uma consulta que permite ao eleitor verificar se o seu documento está sujeito a cancelamento.
Se um eleitor deixou de votar no primeiro e no segundo turno de uma mesma eleição, já serão contadas duas eleições para efeito de cancelamento. Além disso, poderão ser contadas faltas às eleições municipais, eleições suplementares e referendos. Não serão computadas as eleições que tiverem sido anuladas por determinação da Justiça.
Maior colégio eleitoral do Brasil, o estado de São Paulo registra o maior número de eleitores que poderão ter o título cancelado, um total de 350.816. Em seguida aparece o Rio de Janeiro com 140.339 e Minas Gerais com 131.098.
Entre os municípios, a capital paulista também se destaca com o maior número de eleitores irregulares passíveis de cancelamento do título: 110.128 no total.
Em 2009, foram cancelados 551.456 de documentos daqueles eleitores que completaram, nas eleições municipais de 2008, três eleições sem votar ou justificar a ausência.
CONSEQUÊNCIAS - Quem não regularizar a situação do título eleitoral a tempo de evitar o cancelamento do registro, poderá ser impedido de obter passaporte ou carteira de identidade, receber salários de função ou emprego público e obter certos tipos de empréstimos e inscrição.
A irregularidade também pode gerar dificuldades para investidura e nomeação em concurso público, renovação de matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo e obtenção de certidão de quitação eleitoral ou qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.
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