O deputado Odair Cunha (PT-MG), um dos coordenadores da campanha de Marco Maia (PT-RS) à presidência da Câmara, não vê ameaça ao favoritismo do petista com o lançamento da candidatura avulsa de Sandro Mabel (PR-GO).
Ele descartou promover mudanças na campanha de Maia e acrescentou que o PV, sigla que ainda não havia se posicionado, formalizará apoio ao petista nesta quarta-feira (26).
- Vamos manter nossa tática de campanha. Não haverá mudança pelo fato de haver outro candidato. Continuamos buscando o apoio de outros partidos e parlamentares.
Cunha lembrou que Maia participa nesta terça (25), em Belo Horizonte, de um almoço de apoio da bancada mineira, que contabiliza 53 parlamentares.
Além dos dez partidos que já formalizaram seu respaldo à candidatura de Maia, o PV - que elegeu 15 deputados - oficializa amanhã sua adesão à campanha petista, confirmou o deputado Fabinho Ramalho (PV-MG).
Maia, favorito na disputa, tem o aval das maiores bancadas da Câmara (PT, PMDB, PSDB, PP, PR, PDT e PSB) e do Palácio do Planalto.
O petista ainda busca o apoio do PTB, que segue neutro. O PSOL não deve apoiar nenhum candidato. Para vencer o páreo ainda no primeiro turno, o petista precisa obter 257 votos.
Mabel, que pediu hoje seu afastamento da função de líder do PR na Câmara, disse ter conversado com Valdemar Costa Neto (SP), secretário-geral da Comissão Executiva Nacional do PR, para expor os argumentos que o motivam a concorrer à presidência da Câmara.
Segundo ele, Valdemar afirmou que não concorda com sua candidatura, mas assegurou que a respeitaria.
- A minha vontade não pode ficar simplesmente sufocada porque meu partido não quer. Não é uma candidatura de confronto. É uma candidatura para debater o Legislativo. Ele [Maia] não é mais governo do que eu.
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