O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou no fim desta segunda-feira (3) um contingenciamento de 10% do custeio e 20% dos investimentos das secretarias do governo para enxugar as despesas estaduais. A informação foi feita logo depois da primeira reunião do tucano com seu secretariado.
Alckmin afirmou que a decisão foi tomada por precaução, já que só a arrecadação de impostos do primeiro trimestre vai indicar o tamanho da economia necessária para o resto do ano.
Com a medida, R$ 1,5 bilhão deve ser economizado: R$ 315 milhões do custeio e R$ 1,259 bilhão de investimentos.
- O Estado tem uma boa capacidade de investimento, recuperou a capacidade de financiamento. [...] A situação é boa, mas nós precisamos ter cautela.
O Orçamento estadual foi aprovado tendo como base uma previsão de inflação de 4,5% e crescimento do 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano.
O novo governador fez questão de dizer que poupou as áreas sócias da degola. O dinheiro reservado para educação, saúde, segurança, e prevenção de enchentes não vai ser tocado.
- Isso é quase que normal quando você começa o ano.
Ainda na reunião, Alckmin decidiu liberar R$ 24 milhões para desassorear o Rio Tietê. Esse dinheiro foi tirado da Secretaria de Comunicação, que foi extinta.
Além de aproveitar a retirada da areia, que poderá ser utilizada em construções, a terceira fase de despoluição do Rio Tietê também foi anunciada. Caberá à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) desembolsar R$ 1 bilhão, para coleta e tratamento de esgoto.
- Nós pretendemos em dois anos retirar todo o material assoreado do Rio Tietê. Ele tinha 2,7 milhões de metros cúbicos, foi retirado no ano passado 1 milhão.
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