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Lula alerta países sobre efeitos de 'decisões unilaterais'

presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (12), em discurso na reunião de cúpula do G20, na Coreia do Sul, que os governantes não tomem decisões unilaterais sem antes pensar na repercussão de suas ações nos demais países. “Não e

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.11.2010, 05:49:00 Editado em 27.04.2020, 20:55:10
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presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (12), em discurso na reunião de cúpula do G20, na Coreia do Sul, que os governantes não tomem decisões unilaterais sem antes pensar na repercussão de suas ações nos demais países.

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“Não existe nenhuma possibilidade de nós não compreendermos que não existem mais decisões unilaterais na economia mundial se a gente não levar em conta as repercussões nas outras economias”, afirmou.

Lula se referiu à decisão do Federal Reserve (Banco Central norte-americano) de injetar US$ 600 bilhões na economia através da compra de títulos públicos. A medida deve provocar uma desvalorização maior do dólar, o que prejudica as exportações dos outros países.

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“Qualquer decisão que a gente irá tomar terá efeitos imediatos nos países vizinhos. Agora, imagine potencias econômicas como a União Europeia, os Estados Unidos e a China. Não há medidas unilaterais sem levar em conta a repercussão no restante do mundo”, afirmou.

Na quinta (11), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu a medida do Fed. "A melhor contribuição ao crescimento mundial que os EUA podem dar é uma economia sólida", justificou.

A decisão do Fed foi recebida com duras críticas por vários países, que consideram a medida como uma manobra para desvalorizar o dólar e, consequentemente, beneficiar as exportações americanas.

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A reunião do G20 começou às 9h30 (horário local) e deve terminar às 15h30, com a divulgação de um comunicado oficial que trará as principais resoluções do grupo.

Após o discurso, Lula se reuniu com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para tratar da compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).

G20 deve coordenar, diz Lula
O presidente defendeu que o G20 tenha maior ingerência nas decisões unilaterais dos países desenvolvidos para evitar danos à economia mundial.

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“É importante que o G20 daqui pra frente assuma a responsabilidade de coordenar melhor as ações unilaterais dos países importantes para que essas ações se transformem em ações multilaterais, para que a gente não cause prejuízo.”

Crise e mercado interno
O presidente afirmou ainda que o caminho para se recuperar da crise financeira internacional, que teve seu auge no final de 2008, é estimular o mercado interno.

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“Todos os países que tomaram medidas anticíclicas e que assumiram a responsabilidade de serem os indutores da economia saíram melhor da crise”, disse.

Qualquer decisão que a gente irá tomar terá efeitos imediatos nos países vizinhos"Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaSegundo ele, “a crise no Brasil durou praticamente seis meses, porque depois todos os segmentos da economia já estavam funcionando a partir de uma decisão de governo de fortalecer o mercado interno como base no desenvolvimento econômico.”

'Herança bendita' e 'herança maldita'
Lula citou a presidente eleita, Dilma Rousseff, ao dizer que ela participou das conquistas do atual governo. Segundo ele, Dilma receberá uma “herança bendita” ao assumir o cargo, a partir de janeiro de 2011.

“Eu queria dizer a todos vocês que a presidente Dilma não vai fazer nenhum discurso dizendo que recebeu uma herança maldita do presidente Lula, porque ela ajudou a construir tudo o que nós construímos até agora.”

O presidente aproveitou o discurso diante dos 19 chefes de Estado do G20 para criticar o governo anterior. “O [Barack] Obama recebeu uma herança maldita que é uma crise financeira sem precedentes. Eu recebi uma herança maldita que era um país andando para trás. E acho que nossa geração não tem herança maldita”, disse.

Lula defendeu ainda investimentos em países pobres e citou o papel do Brasil no estímulo à agricultura no continente africano. “Acho importante que, sem que seja feita a política do favor do século 20, que tenhamos política de desenvolvimento para ajudar os países mais pobres, com política de financiamento mais barato, a longo prazo, sem regras pré-estabelecidas”, afirmou.

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