MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Oposição promete resistência contra volta da CPMF

Enquanto a presidente eleita, Dilma Rousseff, quer debater com os governadores a possibilidade da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou outro tributo para financiar a saúde , a oposição já se manifesta contra a propos

Da Redação

·
Álvaro Dias garante que seu partido também lutará contra a proposta
Icone Camera Foto por Divulgação
Álvaro Dias garante que seu partido também lutará contra a proposta
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.11.2010, 07:39:00 Editado em 27.04.2020, 20:55:24
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Enquanto a presidente eleita, Dilma Rousseff, quer debater com os governadores a possibilidade da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou outro tributo para financiar a saúde , a oposição já se manifesta contra a proposta.

continua após publicidade

Em nota nesta quinta-feira (4), o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), protestou contra a possibilidade de volta do tributo. “A liderança dos Democratas na Câmara dos Deputados repudia veementemente a possibilidade de recriação da CPMF, o famigerado Imposto do Cheque.”

Bornhausen afirma que a proposta de Dilma acontece “seguindo ordens” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A continuidade prometida durante a campanha está privilegiando as piores características deste governo federal, a falta de competência para gerir os recursos públicos e a gana pela cobrança de impostos.”

continua após publicidade

O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), garante que seu partido também lutará contra a proposta. “Isso é um escárnio, é uma forma de ela premiar o eleitor que votou nela.”

Dias afirma que a oposição não irá aceitar discutir o tema fora de uma ampla reforma tributária. “Não existe nada mais consagrado para a população que a carga tributária é alta. Então discutir isso fora de uma mudança de modelo é um acinte.” O tucano atribui a ideia a uma estratégia de Dilma. “É a estratégia de fazer maldades no começo do governo para fazer bondades no final, no período eleitoral.”

A CPMF foi derrubada pelo Senado em dezembro de 2007, na maior derrota do governo Lula no Legislativo. Em 2009, líderes na Câmara tentaram recriar um tributo nos mesmos moldes, a Contribuição Social para a Saúde (CSS), dentro do projeto que regulamenta os gastos na área de saúde. A proposta, porém, não chegou a ter sua votação concluída e está pendurada no plenário da Câmara até hoje.

continua após publicidade

Governadores
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta quinta-feira que considera que a CPMF pode ser recriada, total ou parcialmente, para ajudar no financiamento da saúde. Na noite desta quarta (3), ele esteve em reunião com o coordenador-geral da equipe de transição de Dilma Rousseff e presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.

"Se precisar reestabelecer, em parte ou totalmente, a CPMF, vamos fazer isso, porque depois que caiu a CPMF, eu não vi baixar preço de nada", disse. Segundo ele, o retorno do imposto garantiria cerca de R$ 30 bilhões para a saúde, valor que, segundo ele, ainda seria insuficiente para o setor. "Calcula-se que o subfinanciamento da saúde no Brasil chega a R$ 51 bilhões hoje".

Já o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), defendeu a regulamentação da CSS. "Nós defendemos que há a necessidade de um financiamento específico para a saúde. E tramita no Congresso Nacional um projeto que regulamenta a emenda 29 e diz qual é a participação de cada ente da Federação, municípios, estados, percentual que deve ser gasto e a União. A União precisa ter um recurso a mais, e esse recurso está lá proposto como a CSS", afirmou.

continua após publicidade

Ricardo Coutinho (PSB), governador eleito da Paraíba, também defendeu a CSS, porém com ressalvas. "Eu defendo a regulamentação da emenda 29 e o maior aporte de recursos para a saúde, desde que esses recursos tenham a garantia de que não sairão por outra porta, que eles tenham garantia de repasse para estados e municípios", afirmou.

Renato Casagrande (PSB), governador eleito do Espírito Santo, concorda que há pouco dinheiro para a saúde, mas defendeu paciência. "Temos que esperar a reunião de governadores com a presidente Dilma. Ela não disse que vai criar, vamos conversar e ver quais são as alternativas. Vamos esperar todos nós assumirmos para que a gente possa tomar uma decisão com relação ao financiamento da saúde, que tem que aumentar", declarou.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Oposição promete resistência contra volta da CPMF"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!