Depois de votar, em São Bernardo do Campo (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Palácio da Alvorada, em Brasília, por volta de 13h deste domingo (31). Lula aguarda a apuração do resultado da eleição presidencial ao lado da primeira-dama, Marisa Letícia, na residência oficial.
Depois de votar, Lula defendeu o deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, o humorista Tiririca. Ele foi eleito com 1,3 milhão de votos, mas responde a uma ação na Justiça Eleitoral para provar que sua declaração de escolaridade é verdadeira. Para o presidente, 'Tiririca é a cara da sociedade' e a Justiça Eleitoral deveria ter apontado a falha antes de ele ser candidato.
"O Tiririca é a cara da sociedade. Acho uma cretinice o que estão tentando fazer com o Tiririca. Estão desrespeitando 1,5 milhão de pessoas que votaram nele. Então, que não deixassem ele ser candidato. Acho que tem de fazer prova é quem está pedindo para ele fazer prova", disse Lula.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, embarcou no início da tarde de Porto Alegre (RS), onde votou pela manhã, para Brasília. A expectativa é de que ela acompanhe a contagem dos votos ao lado de Lula.
Em São Paulo, o presidente criticou a forma como foi conduzida a discussão sobre aborto no segundo turno da eleição presidencial. "Acho que tem uma coisa grave que é tentar politizar a religião. Ontem vi a tentativa de explorar a fala do Papa contra o aborto contra a Dilma. Primeiro que a Igreja é contra o aborto desde que ela existe. Não tem nenhuma novidade. A única novidade era se o Papa defendesse o aborto", disse.
Ele descartou a possibilidade de participar de um eventual governo da candidata do PT. “Não existe nenhuma possibilidade de um ex-presidente participar de um governo. A Dilma, eleita, precisa construir um governo que seja a cara dela. A um ex-presidente, só cabe torcer para que ela faça mais do que eu fiz”, afirmou.
Lula também criticou o candidato do PSDB, José Serra, afirmando que campanha do tucano teve “agressividade” e que o ex-governador de São Paulo sairá “menor” da disputa. “Essa campanha foi muito mais violenta de uma parte à outra. Sinceramente, acho que o candidato Serra sai menor dessa campanha porque a agressividade deles à companheira Dilma Rousseff é uma coisa que eu imaginava que já tivesse terminado na política brasileira”, disse.
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