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Senador Romeu Tuma morre em São Paulo aos 79 anos

O senador Romeu Tuma, 79, morreu às 11h desta terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 2 de setembro.   Romeu Tuma começou sua carreira política em 1994, quando foi eleito senador, mas se projetou nacio

Da Redação

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O senador Romeu Tuma, 79, morreu às 11h desta terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 2 de setembro
Icone Camera Foto por Alan Marques/Folhapress
O senador Romeu Tuma, 79, morreu às 11h desta terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 2 de setembro
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.10.2010, 14:09:00 Editado em 27.04.2020, 20:55:46
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O senador Romeu Tuma, 79, morreu às 11h desta terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 2 de setembro.

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Romeu Tuma começou sua carreira política em 1994, quando foi eleito senador, mas se projetou nacionalmente como policial.

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Nascido na capital paulista em 1931, Tuma ingressou na Polícia Civil do Estado em 1951, na função de investigador. Nos anos 60, concluiu o curso de direito na PUC e se tornou delegado em 1967.


A partir de 1969 começou a trabalhar com o delegado Sérgio Paranhos Fleury no Serviço de Inteligência do Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), órgão que passou a dirigir em 1975, durante a gestão do coronel Erasmo Dias na Secretaria de Segurança.

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Sob o comando de Fleury, atuou no combate às organizações de esquerda e na repressão aos movimentos grevistas. Também colaborava com o SNI (Serviço Nacional de Informações).

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Em 1980, quando Lula e outros sindicalistas do ABC ficaram presos no Dops após intervenção federal no sindicato, o atual presidente declarou que foi bem tratado pelo seu carcereiro.

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Em novembro de 1982, depois que o PMDB venceu a eleição para o governo de São Paulo, o então governador, José Maria Marin (PDS), ordenou a Tuma que levasse os arquivos do Dops paulista para a Polícia Federal, para evitar que a oposição tivesse acesso aos documentos.

Em março de 1983, com a posse de Franco Montoro (PMDB) como governador, o Dops foi extinto e Tuma foi transferido para a PF, no cargo de superintendente regional de São Paulo. Em junho de 1985, ficou conhecido pela identificação da ossada do criminoso de guerra nazista Josef Mengele.

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Em janeiro de 1986, já no governo do ex-pedessista José Sarney (PMDB), foi nomeado diretor-geral da PF pelo então ministro da Justiça, Fernando Lyra (PMDB), que no mês seguinte foi substituído por Paulo Brossard.

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Na PF, Tuma atuou no combate às remarcações de preços praticadas por donos de supermercados durante o Plano Cruzado, em fevereiro.

Mas não tardou a entrar em conflito com o novo ministro da Justiça, que em 1987 o culpou pela morosidade na apuração dos inquéritos. Brossard, porém, não teve força política para demiti-lo.

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Em dezembro de 1989, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, a polícia paulista resgatou o empresário Abílio Diniz, que permaneceu em poder de sequestradores chilenos por um mês. Após a libertação do empresário, os sequestradores foram apresentados à imprensa vestindo camisetas do PT. Lula perdeu a eleição para Fernando Collor (PRN).

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Mais tarde, comprovou-se que a vinculação dos sequestradores ao PT foi forjada durante a operação policial para prejudicar Lula.

Tuma foi encarregado das investigações sobre o sequestro e defendeu que os acusados fossem tratados como criminosos comuns, e não como prisioneiros políticos, porque tinham ligações políticas somente com o MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária) chileno.

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Após a eleição de Collor, foi convidado para acumular a direção da Polícia Federal com a direção da Receita Federal. Mas perdeu força após a queda da ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, e pediu demissão em maio de 1991. Com o afastamento e posterior renúncia de Collor em 1992, o novo ministro da Justiça, Mauricio Correa, afastou o diretor da PF em outubro daquele ano.

Tuma retornou então à Polícia Civil de São Paulo e foi nomeado assessor do então governador Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB). Em 1994, concorreu a uma vaga no Senado pelo PL (Partido Liberal). Ficou com a segunda vaga no Senado, à frente de Luiza Erundina (PT).

Em 1997 transferiu-se para o PFL. No ano seguinte sofreu um infarto e colocou quatro pontes de safena. A partir daí, os rumores sobre sua saúde tornaram-se frequentes.

Em 2000, disputou a Prefeitura de São Paulo pelo PFL, mas ficou apenas em quarto lugar. Dois anos depois, porém, conseguiu se reeleger, ficando novamente em segundo lugar, à frente de Orestes Quércia (PMDB).

Após a reeleição de Lula em 2006, deixou o partido se transferiu para o PTB, que integrava a base aliada.

Neste ano, disputou novamente uma vaga ao Senado ficando em quinto lugar com 10,79% (3.970.169 de votos).

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