O governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), afirmou nesta terça-feira (5) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai acatar sua sugestão de se licenciar do governo para ajudar a candidata Dilma Rousseff (PT) na campanha rumo à presidência da República.
Gomes formalizou nesta segunda-feira (4) a proposta de licença do presidente em uma reunião entre Dilma e os governadores, senadores e deputados eleitos em Brasília.
- A questão mais fundamental para o Brasil hoje é a manutenção deste projeto do Lula. Então qualquer coisa justificaria, mas o presidente acha que é razoável fazer campanha sem tirar licença.
O político disse que Lula – que para o governador, é o “maior cabo eleitoral do Brasil” - vai reforçar a campanha nos Estados do Norte e do Nordeste para o segundo turno.
- O Lula, no primeiro turno, foi pouco ao norte e nordeste. A liderança dele no norte e nordeste é muito forte, que permitirá com certeza, ampliar a maioria que a Dilma já teve.
O governador conversou com a imprensa na saída de uma reunião nesta terça-feira na residência oficial do presidente, o Palácio da Alvorada. Lula chamou todos os dez governadores eleitos da base aliada ao PT para pedir empenho aos colegas no segundo turno da campanha de Dilma Rousseff.
O ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que Lula tenha cogitado deixar o governo durante o último mês de campanha.
- Todos os governadores pediram o envolvimento do presidente na campanha [de Dilma]. E o presidente vai se envolver, assim como os governadores de diversos Estados vão se envolver. Nós avaliamos que a Dilma tem luz própria. Ela alcançou o mesmo patamar de votação que o presidente teve.
Participaram do encontro os governadores Marcelo Déda (Sergipe), Cid Gomes (Ceará), Renato Casagrande (Espírito Santo), Eduardo Campos (Pernambuco), Tarso Genro (Rio Grande do Sul), Omar Aziz (Amazonas), Jaques Wagner (Bahia), Silval Barbosa (Mato Grosso) e Sérgio Cabral (Rio de Janeiro). Também estavam presentes os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento).
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