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Brasil precisa de liberal na economia e conservador nos costumes, diz Flávio Rocha

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ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Cadê o [Ronald] Reagan, a [Margaret] Tatcher brasileiros? Precisamos de um liberal na economia e um conservador nos costumes. Nem que seja seu amigo aqui."

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O amigo, no caso, era o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, falando de si mesmo para Rosangela Lyra, e cerca de 70 influenciadores digitais que lotaram o auditório da empresa de odontologia do marido dela, nos Jardins paulistanos, nesta segunda-feira (12).

Há meses Rocha vem flertando com o que seria sua segunda candidatura presidencial. Deputado federal entre 1987 e 1995, ele chegou a entrar na disputa de 1994 pelo PL (atual PR), mas abandonou no meio, após um escândalo que envolvia bônus eleitorais atingir sua campanha, e desde então vinha deixando de lado a vida partidária.

Desta vez, ainda não tem partido (o limite de filiação é 7 de abril), mas o jingle eleitoral já está na praça -uma pegada sertaneja testada em evento do movimento empresarial Brasil 200 ("Com Flávio Rocha tudo vai ser novo/É esperança, é vontade do povo").

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Rocha reafirmou sua disposição para morar no Palácio da Alvorada: "No caso da coisa sair do linear da candidatura só para marcar posição" (como teria sido, segundo ele, a heroica empreitada de 24 anos atrás). "A coisa está crescendo dessa maneira porque existe um vazio inexplicável. A gente quer um contraponto a esse triste ciclo que ficou para trás."   Mas não se engane: "Esta eleição vai ser disputada no campo dos valores".

Rocha fustigou a lavagem cerebral gramsciana, em suas palavras, e a Escola de Frankfurt, atribuindo ao marxista italiano Antonio  Gramsci e à escola de pensamento que reuniu Theodor Adorno e Herbert  Marcus e a destruição de alicerces dos valores a partir da família.

"O povo não leu Gramsci, mas fica indignado com essa inversão de valores, é predominantemente conservador", afirmou Rocha. Ex-católico, ele hoje frequenta, com a esposa, a evangélica Sara Nossa Terra --em janeiro esteve em evento da igreja para falar a fiéis e pastores, num discurso de calibre político.

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LIBERALISMO

A noite foi marcada por odes ao liberalismo: "O livre mercado é a mão de Deus intervindo pelo mais trabalhador, o mais esforçado". E críticas à esquerda. Ainda que não nominais, as mais afiadas miraram os quase 15 anos de PT no Planalto, com Lula e Dilma Rousseff.

Nesse período, disse: "Reinou a pequena aristocracia burocrática que usa uma tática sórdida de dominação", incentivando polarizações como negro contra branco, feminista contra machista, Nordeste contra Sudeste, trabalhador contra patrão. Todos, para o empresário, nada mais do que conflitos artificiais.

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Seu discurso foi de ideias caras à direita, como: o Estado é um Robin  Hood às avessas; o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é composto por terroristas pelegos, a esquerda não gosta de pobre, gosta de pobreza; a intervenção federal no Rio é absolutamente necessária; parte do colapso brasileiro se deve aos intelectuais de esquerda, à ditadura do politicamente correto; depois de cem anos de socialismo, só é pobre quem quer.

O empresário associou ao Estado inchado grande parte da corrupção entranhada no país. Se quisermos nos ver livres dela, não basta punir aqueles pegos com a boca na botija, disse.    "Imagine uma sala cheia de moscas e um apetitoso presunto no teto. Existe gente que acha que vai acabar com a corrupção espantando as moscas. A solução estrutural é tirar o presunto da sala. E o que é isso? É diminuir o tamanho do Estado. O livre mercado é o desinfetante natural da corrupção."

Para Rocha, a Argentina de Mauricio Macri, o Chile de Sebastián Piñera e o Peru de PPK (Pedro Pablo Kuczynski) mostram ventos soprando a todo o vapor em prol de governos à direita na América Latina.   Há algo de revigorante também ao norte das Américas, nos Estados Unidos de Donald  Trump, disse o empresário. "Posso não ter simpatia pelo estilo [do presidente americano], mas o resultado está aí."

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