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Temer questiona Dodge sobre inclusão em inquérito

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer enviou nesta quinta-feira (8) carta à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra a inclusão de seu nome em inquérito que apura repasses da Odebrecht ao MDB em 2014.

No documento, ele anexou parecer do jurista Ives Gandra Martins e carta do ministro Torquato Jardim (Justiça) com posicionamentos contrários à investigação de um presidente em exercício por episódios anteriores ao início de seu mandato.

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O emedebista é investigado por jantar realizado no Palácio do Jaburu em maio de 2014, quando ele era vice-presidente. A suspeita é de que, durante o encontro, foi acertado o repasse ilícito de R$ 10 milhões.

A inclusão de seu nome foi feita pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, a pedido da procuradora-geral.

Na carta a Dodge, Temer afirma que tomou a liberdade de enviá-la espontaneamente por mero interesse acadêmico.

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O presidente declara ainda que não pretende se insurgir contra a decisão.

"O objetivo é meramente acadêmico já que não me insurgirei contra o despacho dado pelo ministro Edson Fachin acolhendo sua postulação. E, de logo registro, que respeito e respeitarei sempre as suas manifestações, já que, tendo absoluta certeza, são guiadas pela sua convicção jurídica", disse.

São alvo do mesmo inquérito os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), ambos pertencentes ao MDB.

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JANOT

Na época de abertura da investigação, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entendeu que a Constituição Federal proibia investigar o presidente por supostos crimes anteriores ao mandato.

A divergência entre Janot e Dodge se deve à interpretação de um dos trechos do artigo 86 da Constituição Federal, que determina: "O presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções".

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Ao pedir para incluir Temer no rol dos investigados, Dodge disse que a medida é necessária para tocar o inquérito e evitar que provas desapareçam ou testemunhas morram.

Fachin, que concordou com os argumentos de Dodge, teve o mesmo entendimento dos colegas de STF Teori Zavascki (morto no ano passado) e Celso de Mello.

Para o ministro do Supremo, simplesmente investigar o presidente "não afronta a Carta Magna".

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