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'Fake news' é termo impreciso para retratar fenômeno atual, dizem acadêmicos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O termo "fake news", notícia falsa, é impreciso para retratar o fenômeno mais amplo da desinformação, que está se aprofundando com o avanço tecnológico e deve ser visto em seu contexto político, da sociedade polarizada. As conclusões são de dois jornalistas e acadêmicos que participaram do primeiro debate do 2º Encontro Folha de Jornalismo, em São Paulo, com o tema "Jornalismo como antídoto às fake news". Para Rosental Calmon Alves, professor da Universidade do Texas e diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, "a gente está no limiar de problemas ainda maiores, como a manipulação digital de vídeo" e áudio. Para Pablo Ortellado, professor da USP e colunista da Folha de S.Paulo, "o hiperpartidarismo é o grosso do problema", sobretudo no Brasil, mais do que os incentivos publicitários das plataformas, como nos EUA. A terceira participante, Stephanie Habrich, diretora do "Joca", jornal voltado a jovens e crianças, defendeu a chamada alfabetização de mídia como forma de preparar os leitores para resistirem à desinformação. "Se a gente perder esta geração para as fake  news, o que vai ser do futuro?", afirmou Habrich. "A gente explica às crianças o vocabulário, coloca os dois lados."   

APELO  

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Ortellado defendeu que o jornalismo profissional trabalhe também para desmentir boatos, como forma de combater sua propagação, mas Rosental lembrou que, dada a polarização, "a pessoa não quer o antídoto".   Mediador do debate, Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha de S.Paulo, citou exemplos e lembrou que no dia a dia "a competição é cruel", porque "as notícias falsas têm mais apelo". Ao ser questionado sobre o futuro do jornal impresso, Dávila disse crer que ele sempre existirá, "assim como ainda existe o livro impresso". "Quando eu fui correspondente em Nova York, em 2000, fazia também um curso na Universidade Columbia. Eu tinha professor com uma aula muito concorrida, e me lembro de que numa das aulas ele disse que tinha no bolso a forma como nós iríamos ler jornal pelo resto da vida. E aí ele tira do bolso um CD-ROM", contou. "Pode ser com menor alcance, mas o jornal impresso continuará existindo." 

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