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No radar de FHC, evangélico Flávio Rocha 'ora' por 'liberal de cabo a rabo' 

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ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No radar de FHC para a eleição presidencial, o empresário Flavio Rocha é um homem de fé. E uma fé que não se limita à sua vida privada.

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No quinto dia do ano, antes de discursar para centenas de pastores de sua igreja, a evangélica Sara Nossa Terra, o dono da Riachuelo disse à reportagem que estava "orando" para que "2018 traga novas lideranças, com boas ideias para a economia e também bons costumes".

Em miúdos: lá estava um legítimo defensor do "protagonismo da família", bandeira alinhada à da bancada evangélica, hostil a discussões como casamento homoafetivo e descriminalização do aborto.  

"O Brasil tá pedindo um liberal de cabo a rabo, alguém que defenda o Estado mínimo na economia e valores conservadores no campo dos costumes", afirmou,  numa leitura heterodoxa do conceito de liberalismo.

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No dia seguinte, a declaração ganhou destaque em perfil virtual do MBL (Movimento Brasil Livre), num post depois replicado pelo próprio autor da fala no Instagram.

Em sua conta na rede social, também ganham espaço ofensivas contra o PT ("uma quadrilha que saqueou o Brasil"), frases com pinta de autoajuda ("se seus sonhos não assustam, então eles são pequenos demais"), tiradas contra a esquerda ("eu era oprimido pelo capitalismo em Miami, aí num belo dia, fiz um bote e fugi para Cuba. ass: ninguém") e fotos com o prefeito Marcelo Crivella e o apresentador Ratinho. 

Na área da moral e dos costumes, "nomes vão ser testados", afirmou Rocha. O pré-candidato Jair Bolsonaro até tem credenciais conservadoras nesse quesito, mas patina no discurso econômico, opinou no evento da congregação evangélica que já teve em suas fileiras fiéis como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, a atriz Deborah  Secco e a modelo Letícia Weber, mulher do senador Aécio Neves.

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Rocha é o mais graúdo de uma rede de 1.500 empresários cadastrados na Sara Nossa Terra. Ex-católico, converteu-se por influência da mulher, Ana Cláudia Rocha. 

Em entrevista ao canal da igreja, descreveu sua relação com o bispo Robson Rodovalho, líder da Sara e ex-deputado que, na mesma noite, recebeu o ministro da Fazenda e presidenciável Henrique Meirelles.

"É uma amizade que se converteu numa liderança espiritual. Tenho o bispo Robson como meu grande líder espiritual, meu grande inspirador."

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Na sequência, usou uma nomenclatura religiosa para falar da Riachuelo, "maior empresa de moda" e "15ª maior empregadora" do Brasil.

"Uma empresa é construída com um propósito. Dizer que uma empresa existe para ganhar dinheiro é mais ou menos como dizer que uma pessoa nasceu para comer, né?" Já a sua, disse, tinha uma missão maior por ser composta por "40 mil missionários da democratização da moda".

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