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Aliados de Temer tentam novamente questionar relação de Fachin com JBS

DANIEL CARVALHO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A tropa de choque do presidente Michel Temer tentou mais uma vez questionar nesta quinta-feira (6) a relação entre o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), e o grupo J&F.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.07.2017, 13:30:02 Editado em 06.07.2017, 13:30:02
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DANIEL CARVALHO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A tropa de choque do presidente Michel Temer tentou mais uma vez questionar nesta quinta-feira (6) a relação entre o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), e o grupo J&F.

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) pediu ao presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), reconsiderasse sua decisão de arquivar uma série de perguntas feitas pelos governistas a Fachin.

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A Folha de S.Paulo revelou nesta quinta que o sogro da filha de Fachin é chefe em uma das empresas da família do empresário Joesley Batista, cujo acordo de colaboração premiada foi homologado pelo magistrado.

Marcos Gonçalves é pai de Marcos Alberto Rocha Gonçalves, casado com uma das filhas do ministro e sócio fundador do escritório Fachin Advogados e Associados -do qual o relator da Lava Jato se afastou ao chegar ao STF.

Segundo a reportagem apurou, Marcos Gonçalves trabalhou por 16 anos para o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley, e hoje é chefe de compra de gado do Mataboi Alimentos, frigorífico administrado por José Batista Júnior, o mais velho dos irmãos Batista.

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"Começam a surgir cada vez mais informações que, com base no princípio da razoabilidade, levam ao entendimento de que o próprio ministro Fachin deveria se considerar impedido de ser o relator deste caso da JBA, haja vista as diversas decisões controversas que tem tomado a respeito do assunto", afirmou Marun.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) minimizou a questão e apontou manobra do governo.

"Não vejo como razoável. Está havendo uma inversão aqui. Muitos daqueles que se dizem perseguidos estão agindo de forma persecutória com o ministro Fachin", afirmou a deputada.

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O presidente da CCJ disse que não reconsideraria sua decisão de arquivar o requerimento e disse a Marun que, mesmo que ele apresente novo pedido de questionamento a Fachin, não vai acatá-lo por entender que isso feriria a separação dos Poderes.

"Se vossa excelência fizer um novo requerimento à luz de fatos novos, já antecipo que, pelos mesmos fundamentos jurídicos, regimentais e constitucionais que lancei mão naquela decisão, eu o indeferirei pelas mesmas razões e motivos", afirmou Pacheco.

No início de junho, governistas apresentaram requerimento baseado na informação de que Fachin obteve ajuda de Ricardo Saud, diretor da JBS, ajuda para ser nomeado ministro do STF em 2015.

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