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ATUALIZADA - Manifestações impedem 'clima de normalidade' desejado por governo

DANIEL CARVALHO, LAÍS ALEGRETTI E TALITA FERNANDES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O caos que se instalou na Esplanada dos Ministérios com as manifestações contra o presidente Michel Temer teve consequências diretas do lado de dentro do Congresso, anulando, a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.05.2017, 19:30:02 Editado em 25.05.2017, 00:36:50
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DANIEL CARVALHO, LAÍS ALEGRETTI E TALITA FERNANDES

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O caos que se instalou na Esplanada dos Ministérios com as manifestações contra o presidente Michel Temer teve consequências diretas do lado de dentro do Congresso, anulando, ao menos até o início da noite desta quarta-feira (24), qualquer possibilidade de se dar o "clima de normalidade" que o governo havia cobrado de aliados para minimizar os efeitos da crise política.

Deputados chegaram a se agredir fisicamente e, até o início da noite, quando partidos de oposição resolveram abandonar o plenário, o governo não havia conseguido votar absolutamente nada na Câmara.

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Sob gritos de "fora, Temer!" e "Diretas Já!", deputados da oposição ocuparam a Mesa Diretora, quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou a sessão para conversar com Temer.

Diante da mesa, oposicionistas abriram uma faixa onde se lia "#FORATEMER". O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa, dando início a um pequeno tumulto. Deputados chegaram a se empurrar.

Maia reassumiu o comando da sessão e tentou conduzir a votação de uma Medida Provisória mesmo cercado por deputados de oposição com cartazes.

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Foi questionado sobre sua participação na edição do decreto do presidente Michel Temer que autoriza a atuação das Forças Armadas nas ruas do Distrito Federal.

O governo atribuiu a medida a uma solicitação de Maia, que negou. "Afirmo e reafirmo que não é verdade", disse o presidente da Câmara, que pediu para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, "restabelecer a verdade".

Maia também divulgou à imprensa o ofício em que solicita apenas o uso da Força Nacional, formada por policiais militares e civis e integrantes das Forças Armadas na reserva.

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No Senado, também houve bate-boca e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), usou a convocação do Exército para criticar o governo.

"Beira a insensatez fazer isso num momento em que o país pega fogo", disse o peemedebista. "Se esse governo não se sustenta, é verdade, não serão as Forças Armadas que vão fazê-lo", afirmou Renan Calheiros.

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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), rebateu, afirmando que o governo não está caindo", que "não está vago", e que ninguém pode falar que o PMDB não apoia mais Michel Temer.

Aliados de Michel Temer procuraram minimizar o desgaste de todas as confusões ao longo do dia.

"A manifestação que tem aí fora é uma manifestação até pequena pelas informações da internet. Não tem impacto nenhum [para a imagem do governo]. A população não gosta de ver depredação. Isso denigre a imagem de quem faz manifestação", disse o deputado Beto Mansur (PRB-SP).

A oposição reagiu. "O governo sai mais fragilizado. Isso aprofunda a crise e revela a fragilidade de Temer em permanecer à frente do governo", disse o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), antes de deixar o plenário junto com os outros oposicionistas.

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