SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito contra 29 senadores entre eles Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente da Casa, José Serra (PSDB-SP), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR).
A informação foi publicada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" nesta terça-feira (11).
"São relatados pagamentos de R$ 7 milhões, sendo R$ 4 milhões destinados aos senadores da República Romero Jucá e Renan Calheiros, atuando o primeiro em nome do segundo, R$ 2 milhões destinados ao senador da República Eunício Oliveira, R$ 1 milhão ao deputado federal Lúcio Vieira Lima e R$ 100 mil ao deputado federal Rodrigo Maia", afirmou Fachin em sua decisão, segundo o jornal.
Os pagamentos seriam parte da ofensiva da empreiteira em defesa de seus interesses no Congresso.
O STF também determinou inquérito para investigar suposto recebimento de R$ 500 mil em caixa dois para a campanha ao Senado de Kátia Abreu (PMDB-TO) em 2014.
Procurada, a senadora ainda não comentou.
A procuradoria-Geral da República pediu a abertura de inquérito com base na delação de quatro executivos da Odebrecht que apontaram Kátia Abreu como a beneficiária dos repasses feitos ao codinome "Machado" na lista do departamento de propina da empreiteira.
De acordo com o depoimento dos delatores, o marido da senadora, Moisés Pinto Gomes, assessor dela no Ministério da Agricultura no governo Dilma Rousseff, teria sido o intermediário do esquema.
Os executivos que narraram o envolvimento da senadora são Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira.
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