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PF vai refazer provas que acusam Sarneys

A Polícia Federal (PF) ainda não tomou conhecimento das falhas apontadas pela Justiça para anular parte das provas do inquérito da Operação Factor (ex-Boi Barrica), que investigou o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.08.2010, 11:36:00 Editado em 27.04.2020, 20:58:08
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A Polícia Federal (PF) ainda não tomou conhecimento das falhas apontadas pela Justiça para anular parte das provas do inquérito da Operação Factor (ex-Boi Barrica), que investigou o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mas vai tentar refazer todas as provas consideradas imprestáveis.

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"Não nos cabe questionar, mas cumprir integralmente a decisão judicial", afirmou o delegado Luiz Pontel de Souza, diretor executivo da PF. "Se for o caso, todo o inquérito será refeito", explicou. O procedimento será idêntico ao adotado pela PF em várias investigações relevantes, entre as quais a Operação Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas, controlador do Grupo Opportunity.

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A anulação de parte da Boi Barrica ocorreu porque as provas foram baseadas na interceptação de e-mails de funcionários do Grupo Mirante, da família Sarney, que não eram alvo da investigação. Pelo menos dez mil correspondências teriam sido interceptadas.

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Segundo a PF, todos os dados, inclusive as interceptações de e-mails, foram obtidos com autorização judicial. "Se a Justiça agora considera que houve erro em algum procedimento de coleta dos dados, estamos prontos para corrigi-lo", disse o delegado. Mas a reconstituição do inquérito não significa, necessariamente, abrandamento da denúncia. Na Satiagraha, a PF montou uma força-tarefa, comanda pelo delegado Ricardo Saadi, e refez o inquérito. Ao final, Dantas foi indiciado por crimes financeiros, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.

Por conta da decisão judicial, o inquérito da Factor terá de ser reescrito, uma vez que sua estrutura foi construída em cima de provas consideradas imprestáveis. A investigação começou em fevereiro de 2007, por conta de movimentações atípicas, no valor de R$ 2 milhões, feitas por Fernando e sua mulher Teresa Murad. Em julho de 2009, Fernando foi indiciado por lavagem de dinheiro, tráfico de influência e formação de quadrilha. Os indiciamentos ficam por ora prejudicados. Como na Satiagraha, a medida deve retardar o relatório final do caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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