JOÃO PEDRO PITOMBO
SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - O prefeito ACM Neto (DEM) confirmou o favoritismo e foi reeleito em Salvador no primeiro turno, com 74% dos votos.
Ancorado em uma aliança com 14 partidos, Neto deve ser único prefeito a vencer no primeiro turno entre as dez maiores capitais brasileiras. Sai fortalecido das urnas e deve disputar o governo da Bahia em 2018.
O prefeito venceu a candidata Alice Portugal (PCdoB), que disputou as eleições com o apoio do governador Rui Costa e do ex-governador Jaques Wagner (PT). Ela teve 15% dos votos.
Em terceiro lugar ficou o Pastor Sargento Isidório (PDT) com 8%, seguido Cláudio Silva (PP) com 1,5%, Fábio Nogueira (PSOL) com 1%. Célia Sacramento (PPL) e Da Luz (PRTB) não chegaram a 1%.
A campanha eleitoral em Salvador foi marcada por um clima morno e pela baixa adesão aos candidatos de oposição. Com o apoio de 31 dos 43 vereadores, o prefeito montou um "exército" de mais de 500 candidatos a Câmara Municipal em sua base.
Neste domingo (2), parte dos candidatos a vereador das chapas oposicionistas "esconderam" seus candidatos majoritários, deixando em branco o espaço para o número do candidato a prefeito nos seus santinhos.
Além de uma gestão bem avaliada, ACM Neto ainda foi beneficiado pela crise do PT e pelas indefinições da base do governador Rui Costa, que definiu sua candidata faltando pouco menos de um mês para o início do horário eleitoral.
Na campanha, adotou uma linha "pé no chão" nas propostas para os próximos quatro anos, evitou fixar metas em programas da prefeitura e deixou de lado o anúncio de grandes obras de infraestrutura.
Alice Portugal, por sua vez, buscou associar o ACM Neto à imagem do presidente Michel Temer, acusando o prefeito de ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A candidata do PCdoB ainda afirmou que o prefeito fez "obras de fachada" nas áreas turísticas da cidade, mas não cuidou da qualidade dos serviços públicos na saúde e na educação.
Terceiro candidato mais votado, o Pastor Sargento Isidório fez uma campanha folclórica, prometendo reduzir o preço do pão e do gás de cozinha e defendendo que "é melhor votar em doido do que em ladrão".
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