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Sete pessoas ficam feridas em protesto contra impeachment 

MARTHA ALVES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao menos sete pessoas ficaram feridas durante os protestos contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na região central de São Paulo, na noite desta quarta-feira (31). Não houve balanço oficial -a

Da Redação

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Policiais em confronto com manifestantes contrários ao impeachment. Foto: Fábio Braga/FolhaPress
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Policiais em confronto com manifestantes contrários ao impeachment. Foto: Fábio Braga/FolhaPress
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.09.2016, 09:08:00 Editado em 01.09.2016, 18:08:33
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MARTHA ALVES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao menos sete pessoas ficaram feridas durante os protestos contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na região central de São Paulo, na noite desta quarta-feira (31). Não houve balanço oficial -a Secretaria de Segurança do Estado de SP informou apenas que um policial ficou ferido.

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Na rua da Consolação (foto), a polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra os manifestantes. Alguns participantes do ato portavam bombas caseiras e pedras, que arremessaram contra a PM.

Os manifestantes arrastaram sacos de lixo pela via e atearam fogo formando pequenas barricadas.

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No confronto com os policiais, estilhaços de bomba atingiram dois fotógrafos que trabalhavam na cobertura do protesto.

"Uma bomba caiu ao lado do meu pé, estourou e o estilhaço atingiu a minha perna", disse um deles, que pediu para não ser identificado.

A adolescente L.L, 17 anos, também ficou machucada por estilhaços de bomba. Ela disse que nunca havia participado de um ato em que houve confronto com a polícia, apenas de manifestações pacíficas. A jovem foi uma das cerca de 30 pessoas que procuraram abrigo em um estúdio de dança perto do local do confronto.

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Outro manifestante, que pediu para não ser identificado, foi ferido por estilhaços no braço.

ATAQUE À FOLHA
Houve enfrentamentos na praça Roosevelt, nas avenidas São João e Duque de Caxias e em frente à sede da Folha de S.Paulo, na alameda Barão de Limeira.

Esse último embate começou por volta das 21h depois que adeptos da tática black bloc, que prega o uso da violência, arremessaram pedras e tentaram forçar a entrada no prédio do jornal.

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Os policiais reagiram com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, dispersando o protesto.

Segundo militantes, a ida até a Redação seria uma forma de criticar a atuação da imprensa durante o processo de impeachment.

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Antes de arremessarem objetos, manifestantes picharam o portão do jornal com a palavra "golpista" e gritaram palavras de ordem como "Fora, Temer".

Durante este embate, dois fotógrafos que faziam a cobertura do protesto foram agredidos por policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas) na esquina da rua General Rondon com a praça Princesa Isabel.

Testemunhas disseram que o fotógrafo Vinicius Gomes, 19, ao vê-los caindo de suas motos, foi agredido por um grupo de policiais ao tentar fazer fotos da cena. O profissional teve a câmera destruída, que foi recolhida por outros colegas da imprensa.

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Ao ver o colega ser agredido, o fotógrafo William Oliveira tentou fotografar a agressão e foi atacado por outro grupo. "Eles deram uns quatro socos na minha orelha e apagaram o cartão de memória da minha câmera", falou Oliveira.

Outros fotógrafos tentaram explicar que os dois jovens eram da imprensa e foram ameaçados pelos policiais. Uma testemunha, que pediu para não ser identificada, disse que um policial a ameaçou com uma arma para que saísse dali.

Os dois fotógrafos, um deles com ferimentos na cabeça, foram levados primeiro pelos policiais militares ao 2º DP (Bom Retiro), mas o delegado não registrou a ocorrência. Na delegacia, a reportagem da Folha foi informada que todos os boletins de ocorrência relacionados ao protesto seriam registrados no 78º DP (Jardins).

Antes de seguirem para a segunda delegacia, os dois jovens foram levados pelos PMs ao pronto-socorro da Barra Funda. William Oliveira passou por atendimento médico e fez um curativo na cabeça.

Eles deixaram o 78º DP, por volta das 4h30 desta quinta-feira (2), e disseram que os policiais agressores não compareceram à delegacia para prestar depoimento.

ATROPELAMENTO
A motorista de um carro branco da marca BMW avançou contra a multidão que protestava na esquina da alameda Barão de Campinas com a rua Duque de Caxias, nos Campos Elísios, no centro de São Paulo, por volta da 21h.

Manifestantes disseram que a mulher ficou assustada quando viu a multidão cercar o carro e acelerou para fugir. Uma jovem foi atropelada e caiu batendo a cabeça no chão. Ela foi colocada em um táxi e levada ao hospital. Ninguém soube informar o estado de saúde da jovem.

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