MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Para Maia, votação sobre direitos de Dilma pode beneficiar Cunha

DÉBORA ÁLVARES E GABRIEL MASCARENHAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ponderando que, em seu entendimento, a Câmara não é obrigada a seguir o mesmo rito do Senado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (31) que a decisão de

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.08.2016, 16:55:12 Editado em 31.08.2016, 17:00:12
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

DÉBORA ÁLVARES E GABRIEL MASCARENHAS

continua após publicidade

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ponderando que, em seu entendimento, a Câmara não é obrigada a seguir o mesmo rito do Senado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (31) que a decisão de manter as funções políticas de Dilma Rousseff pode beneficiar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando for votada a cassação do mandato do peemedebista.

"Se formos usar a mesma decisão do presidente [Ricardo] Lewandowski, muda o processo de cassação de qualquer um, do Eduardo ou de qualquer um que venha depois", afirmou Rodrigo Maia.

continua após publicidade

O presidente da Câmara explicou que, ao analisar cassação de mandatos, os deputados sempre votaram o parecer aprovado pelo Conselho de Ética que decidiu pelo afastamento do parlamentar.

Contudo, ao dar aval para que a defesa de Dilma apresentasse um destaque à peça que a retirou em definitivo do mandato, o libelo da acusação, Lewandowski tratou o documento como se fosse um projeto de lei.

"Fiquei preocupado porque ele cita muitas vezes o regimento da Câmara e cita que está votando uma proposição. Por isso houve o destaque e suprimiu-se parte do texto, o que no caso das cassações não era possível", afirmou o deputado, que ainda completou: "A decisão abriu um precedente para que se vote uma proposição. Significa votar um projeto de resolução ao invés de votar o parecer, pode abrir espaço pra isso."

continua após publicidade

A ideia de votar um projeto de resolução já vem sendo cogitada por aliados de Eduardo Cunha há semanas. Anteriormente, Maia havia rejeitado a proposta, alegando que seguiria, na deliberação do caso do peemedebista, o mesmo rito adotado em casos anteriores.

Com a votação de um projeto no lugar do parecer pela cassação, "cunhistas" imaginam apresentar emendas, de forma que a punição do aliado seja abrandada. No lugar de cassar o mandato, imaginam ter chances de apenas suspender Cunha do cargo, o que o manteria com foro privilegiado e, portanto, julgado pelo Supremo.

O presidente da Câmara teme ser acusado de beneficiar Cunha. Já tem sofrido ataques por ter agendado a votação para 12 de setembro, uma segunda-feira, dia em que, historicamente, há quorum baixíssimo na Casa.

continua após publicidade

Por isso, o deputado afirmou ainda que a decisão de seguir, ou não, o rito adotado no julgamento de Dilma no caso de cassação no plenário será avaliado em conjunto. Ele vai procurar a assessoria técnica da Casa, conversar com advogados e, também, com deputados.

"Uma sessão de processo de impedimento presidida por um presidente do Supremo é claro que tem uma força diferente de uma decisão estritamente política. Óbvio que a responsabilidade de matérias tão polêmicas não podem ser exclusivas de uma pessoa, por mais que, em alguns momentos, o regimento permita. Não tenho a clareza de que o Senado contamina a Câmara em suas decisões, apesar de que, o que foi feito hoje, abre precedente, em tese pode abrir. Decidirei até a data da votação".

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Para Maia, votação sobre direitos de Dilma pode beneficiar Cunha"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!