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Gleisi Hoffmann critica 'show' na prisão de marido

Quatro dias após a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) voltou ao trabalho no Senado nesta segunda-feira (27). Em um discurso feito no plenário, a petista criticou a ação da Polícia Federal, que classifico

Da Redação

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A senadora afirmou que "conhece Paulo há muitos anos" e sabe de suas "virtudes e defeitos". Foto: Evaristo Sá/Agência O Globo
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A senadora afirmou que "conhece Paulo há muitos anos" e sabe de suas "virtudes e defeitos". Foto: Evaristo Sá/Agência O Globo
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.06.2016, 15:24:00 Editado em 27.06.2016, 18:08:46
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Quatro dias após a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) voltou ao trabalho no Senado nesta segunda-feira (27). Em um discurso feito no plenário, a petista criticou a ação da Polícia Federal, que classificou como midiática, e disse que irá lutar pela "restauração da dignidade e do nome" de seu companheiro.

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Gleisi chegou ao Senado por volta das 14h e foi recebida por integrantes dos grupos Pró-Democracia e Rosas pela Democracia, de quem recebeu flores. Eles são contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Com palavras de ordem como "Gleisi me representa" e "golpistas não passarão", o grupo de cerca de 15 pessoas acompanhou a senadora de seu gabinete até o plenário do Senado.

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A sessão plenária foi aberta pelo senador Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, para que Gleisi pudesse fazer um pronunciamento que durou cerca de 17 minutos. A colegas da oposição, a senadora fez uma defesa de Paulo Bernardo e de sua família frente às acusações de que o ex-ministro participou de um esquema de corrupção para abastecer os cofres do PT.

"É com muita dor que eu venho a essa tribuna hoje, dor na alma e no coração, para falar sobre o que aconteceu na última quinta-feira. Pelos erros e equívocos da nossa história, injustiças do nosso caminho. Nem em pesadelo eu seria capaz de supor que estaria aqui hoje para defender o meu companheiro. É uma prisão injusta mas hoje estou aqui, serena e humilde, mas não humilhada", disse.

PRINCIPAIS ALVOS DA OPERAÇÃO CUSTO BRASIL

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A senadora afirmou que "conhece Paulo há muitos anos" e sabe de suas "virtudes e defeitos". "Sei muito bem o que ele não faria. Tenho certeza de que não participou ou se beneficiou de qualquer atitude ilegal. Ele sabe que eu não perdoaria, que sua mãe não perdoaria", disse.

A petista voltou a dizer que a prisão de Paulo Bernardo foi despropositada "do início ao fim" e criticou a forma como a Polícia Federal cumpriu a ordem de busca e apreensão em seu apartamento funcional, com o uso de helicópteros e efetivo de policiais em terra. Para ela, a operação foi um "show midiático".

"A prisão foi surreal. Para que isso? Para chamar a atenção? Foi um uso de dinheiro público desnecessário. É também uma tentativa de abalar emocionalmente o grupo de senadores que discordam dos argumentos que vem sendo usados para tirar da presidência uma mulher eleita legitimamente pelo povo brasileiro", disse.

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Paulo Bernardo foi preso pela Polícia Federal na manhã da última quita, em Brasília, pela Operação Custo Brasil, que investiga um esquema de corrupção supostamente usado para abastecer o caixa do PT.

Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, ele foi preso preventivamente, suspeito de ter se beneficiado de R$ 7 milhões em propina. O valor teria sido recebido por escritório de advocacia ligado ao petista.

Ele foi levado para a sede da PF em São Paulo, que centraliza a investigação, um desdobramento da Lava Jato. Esta é a primeira vez que um ex-ministro de Dilma é preso no âmbito da operação.

Uma das principais defensoras da presidente afastada Dilma Rousseff na Comissão Especial do Impeachment, Gleisi não compareceu às reuniões de quinta e sexta. Ela optou por ficar em casa com seus dois filhos e para também conversar com o advogado da família. No mesmo dia, no entanto, ela já havia dado garantias a seus colegas de que voltaria à Casa nesta semana.

Após seu discurso, senadores presentes à sessão, iniciaram uma série de apartes para se solidarizar com a colega.

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