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Moro diz que apoio da opinião pública é preciso para que Lava Jato não pare

BELA MEGALE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No seminário em que fez paralelos entre as operações Lava Jato e Mãos Limpas, que investigou o sistema de corrupção da Itália da década de 90, nesta terça-feira (29), em São Paulo, o juiz Sergio Moro convocou seto

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.03.2016, 18:58:29 Editado em 27.04.2020, 19:51:47
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BELA MEGALE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No seminário em que fez paralelos entre as operações Lava Jato e Mãos Limpas, que investigou o sistema de corrupção da Itália da década de 90, nesta terça-feira (29), em São Paulo, o juiz Sergio Moro convocou setores da sociedade a se engajar no combate à corrupção.
"A Justiça tem um papel nesses processos relativo à corrupção, mas ela, sozinha, não resolve. É preciso que as outras instituições operem. A sociedade civil precisa se mobilizar para cobrar, as empresas privadas precisam se auto-organizar para evitar pagamentos de corrupção", disse Moro, que afirmou ser esse o motivo por ter aceitado fazer algumas palestras em empresas.
O juiz deu o recado de que é necessário contar com o apoio da opinião pública para que a operação não pare e refutou teorias que defendem que a eleição de Silvio Berlusconi na Itália seja um produto da Operação Mãos Limpas. "É um exagero falar que um causou o outro", disse Moro.
"Será que a situação na Itália estaria melhor se não tivesse havido a Mãos Limpas? Não acredito", emendou. Moro também disse que a corrupção tende a piorar se não for enfrentada e enfatizou que não enfrentá-la "não era uma alternativa jurídica".
"O problema é que houve a reação política [de Berlusconi] e a democracia italiana não foi forte suficiente".
O juiz ainda disse que a Itália já fechou sua história, que "no Brasil ainda está em aberto, esperando seu final". Apesar disso, reiterou que os envolvidos na Itália continuam trabalhando contra a corrupção e finalizou afirmando que "não existe nenhuma batalha encerrada".
REAÇÃO POLITICA
A maioria dos palestrantes alertou sobre o risco da reação política poder blindar agentes corruptores.
"Os advogados dos investigados devem estar se articulando para fazer alterações legislativas muito perigosas", disse o o promotor Justiça do Paraná Rodrigo Régnier Chemim Guimarães, citando como exemplo a lei de repatriação de recursos aprovada pelo governo federal.
TEORIA DA CONSPIRAÇÃO
O procurador da força-tarefa da Lava Jato Paulo Roberto Galvão, um dos participantes do seminário, afirmou que seria "teoria da conspiração" acreditar que todos os órgãos que investigam a Lava Jato estejam focados no PT.
"É uma teoria da conspiração supor que todos os órgãos e pessoas se mancomunaram para investigar esses fatos. A gente nunca disse que a corrupção não ocorreu em outros lugares, mas somos órgãos de investigação federal", disse.
"O esquema da Petrobras é de beneficiamento de verbas da administração federal. Não faz sentido que essas verbas favoreçam partidos da oposição, elas favorecem quem está no poder, que é quem pratica corrupção. Estamos investigando em razão de CPIs partidos que não compõem a base aliada e sobre os quais há indícios que tenham se beneficiado de propina".

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