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Comissão aprova projeto para exploração de jogos de azar no Brasil

A Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional aprovou na quarta-feira (9) o projeto de lei que regulamenta a exploração de jogos de azar no Brasil.O texto propõe diretrizes para o funcionamento de cassinos e bingos, regulariza o jogo do bicho, traz a de

Da Redação

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Texto pélo Senado aprovado aumenta o número dos jogos de azar permitidos no Brasil, regulamentando o jogo do bicho, os bingos e os cassinos - Foto:  arquivo/imagem ilustrativa
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Texto pélo Senado aprovado aumenta o número dos jogos de azar permitidos no Brasil, regulamentando o jogo do bicho, os bingos e os cassinos - Foto: arquivo/imagem ilustrativa
Escrito por Da Redação
Publicado em 10.12.2015, 08:37:00 Editado em 27.04.2020, 19:54:23
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A Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional aprovou na quarta-feira (9) o projeto de lei que regulamenta a exploração de jogos de azar no Brasil.

O texto propõe diretrizes para o funcionamento de cassinos e bingos, regulariza o jogo do bicho, traz a definição dos jogos que podem ser explorados, os critérios para autorização e as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos.

O projeto é do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e foi relatado pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), que apresentou substitutivo fazendo algumas alterações ao texto. Maggi acatou emenda do senador Benedito de Lira (PP-AL) para proibir que políticos possam ser donos de casas de jogos de azar. Além disso, o texto do relator inclui uma restrição: apenas pessoas jurídicas que comprovem regularidade fiscal podem explorar esse tipo de negócio.

A matéria prevê ainda o credenciamento máximo de dez casas de bingo por município e que os cassinos funcionem ligados a complexos integrados de lazer, construídos especificamente para esse fim, com hotéis e restaurantes. A ideia é associar os jogos ao turismo, de modo a potencializar os lucros e, consequentemente, a arrecadação do governo com essa atividade.

O autor do projeto estima que o Estado brasileiro pode arrecadar até R$ 15 bilhões em impostos após a regulamentação dos jogos de azar. Durante a votação, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) esboçaram receio de que a regulamentação da exploração de jogos de azar venha associada ao aumento de práticas ilícitas como prostituição e tráfico de drogas. Buarque votou contra a matéria, enquanto Hoffmann preferiu se abster.

Outro embate foi sobre uma emenda do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) para que as casas de jogos ficassem restritas às regiões menos desenvolvidas do país, mas a proposta não foi acatada. O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) disse que “em Minas Gerais, com 853 municípios, acompanhei o drama das prefeituras ao longo dos últimos anos, com a queda da receita, e também do estado”.

Como o texto aprovado é um substitutivo, ainda precisará passar por nova votação em turno suplementar para ratificar o resultado. Em seguida, deverá ir para a Câmara dos Deputados, exceto se nove senadores apresentarem recurso para que o projeto seja apreciado também no plenário da Casa.

PROIBIÇÃO - A exploração de jogos de azar era permitida no Brasil até 1946. A última partida de roleta no Brasil foi realizada no cassino do Hotel Copacabana Palace em 30 de abril de 1946. Na época, existiam cerca de setenta cassinos no país e 40 000 trabalhadores na indústria de jogos. A proibição teve um forte efeito econômico em cidades que viviam principalmente do turismo ligado aos jogos, como Petrópolis, Poços de Caldas, Lambari e outras.

Um dos maiores prejudicados com a proibição do jogo no Brasil foi o empresário Joaquim Rolla, que tinha um acordo firmado com o presidente Getúlio Vargas, segundo o qual o governo brasileiro assumiria todas as indenizações trabalhistas dos cassinos que fossem eventualmente fechados pela proibição do jogo no Brasil, acordo este que não foi cumprido pelos governos brasileiros posteriores.

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Fonte: Agência Brasil

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