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Dilma contesta declarações contra o PT

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu na quinta-feira (22) as acusações de que o seu partido tem ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e com o narcotráfico. Em sabatina realizada pelo R7 e pela Record News

Da Redação

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 Dilma Rousseff
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Dilma Rousseff
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.07.2010, 07:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:59:23
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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu na quinta-feira (22) as acusações de que o seu partido tem ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e com o narcotráfico. Em sabatina realizada pelo R7 e pela Record News, Dilma lamentou as declarações do seu adversário na corrida pelo Palácio do Planalto, José Serra (PSDB), e do vice na chapa tucana, Indio da Costa (DEM), e disse que a intenção dos opositores é criar um “clima de medo e temor” no país.

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Assista a íntegra da sabatina

- É lamentável que se utilizem interpostas pessoas para se criar um clima de medo e temor no Brasil. [...] Acredito que o povo brasileiro tem maturidade suficiente para julgar isso e condenar.

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Dilma ainda acusou seus adversários na disputa de jogarem “baixo” ao fazerem tais declarações e disse jamais imaginar que Serra fosse corroborar as afirmações do seu vice.

- Eu jamais imaginei que uma pessoa com a trajetória do governador Serra pudesse dar guarida para esse tipo de conversa. Acho que é de muito baixo nível, lamentável que em uma campanha presidencial se fale uma coisa dessas.

Ainda ontem, em visita ao Rio Grande do Sul, Serra voltou a cobrar explicações do PT por sua suposta ligação com as Farc.

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Durante a sabatina do R7 com Dilma, a candidata petista também descartou mudanças no cálculo do salário mínimo. Questionada se poderia adiantar aos trabalhadores um valor para o mínimo do ano que vem, Dilma se esquivou e preferiu manter o discurso de acordo.

- Não tenho como afirmar isso. Posso dizer que estamos cumprindo um acordo firmado com as centrais. Nós somos um projeto que acha que aquilo que diziam antes, que não podia aumentar o salário mínimo porque a inflação sairia do controle, é mentira. O trabalhador precisava ter uma noção de como seria o seu reajuste. E nós fizemos isso.

Sabatina

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Durante uma hora e meia, a candidata petista respondeu às perguntas sobre diversos temas dos entrevistadores Christina Lemos, da TV Record, Eduardo Ribeiro, da Record News, Gisele Silva, editora de Brasil do R7, e do blogueiro Marco Antônio Araújo, do blog O Provocador. Ela também respondeu às perguntas dos internautas, transmitidas à ex-ministra em tempo real.

Ao longo da entrevista, Dilma citou diversas vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e não poupou o adversário José Serra (PSDB) de críticas. Ao ser questionada sobre as qualidades do concorrente, a petista respondeu que não o conhece muito bem, mas destacou que ele é uma pessoa "bem intencionada".

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- Sem dúvidas, todas as pessoas têm qualidades.[..]. Acho que ele tem sido, ao longo da vida pública, uma pessoa bem intencionada. Eu não conheço ele muito bem, conheço razoavelmente bem.

Saias justas

Durante o bate-papo, Dilma desconversou sobre pelo menos dois temas: a aliança com o ex-presidente Fernando Collor, que disputa o governo de Alagoas, e a composição dos ministérios, em caso de vitória.

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Sobre Collor, a petista disse que não é possível governar sozinho, e que todos os aliados seriam bem vindos à coligação, desde que aceitassem os "termos" do PT.

- Esse projeto é aberto para quem quiser nos apoiar. Agora, nos nossos termos.

Já em relação aos ministérios, a petista evitou adiantar se o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci teria lugar garantido em sua gestão, já que ele é um dos coordenadores de sua campanha. Ela, entretanto, descartou a participação em seu governo de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil que deixou o governo em meio aos escândalos do mensalão, em 2005.

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- Eu tenho grande respeito pelo Zé Dirceu, mas ele não está no cerne do meu governo.

Temas polêmicos

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Dilma também foi questionada sobre questões polêmicas, como a legalização das drogas, o aborto e a casamento gay. Sobre o aborto, a petista voltou a afirmar que trata-se de uma "questão de saúde pública". Já em relação à descriminalização da maconha, a presidenciável disse ser contra, e demonstrou ainda ser favorável à maiores restrições ao consumo de álcool.

Ela também afirmou ser favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo mas, evitou responder se seria madrinha de um casal de amigos gays, em tom bem humorado.

- Isso ainda não está em questão.

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A presidenciável petista também negou que irá liberar invasões de terra no caso de ser eleita, mas disse que irá liberar a pancadaria. O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) chegou a afirmar que um possível governo da petista seria favorável aos interesse do movimento.

- Eu não pretendo ter nenhuma complacência com a ilegalidade, mas não dou pancada.

Economia e programas sociais

Ao longo da sabatina, a candidata do PT também defendeu a redução dos juros dos bancos, e afirmou que eles devem diminuir à medida que o endividamento do brasileiro for recuando.

Já em relação ao reajuste dos aposentados, Dilma afirmou que aqueles que ganham até um salário mínimo poderão contar com um “aumento razoável em 2011", devido ao aumento da arrecadação de impostos com a formalização de microempreendedores.

- Como eu acho que nós vamos crescer bastante em 2011, 2012 e 2013 ele [aposentado] pode contar com um aumento razoável.

Quanto mais a gente amplia a base de arrecadação, mais alimenta o crédito e isso incentiva a formalização das empresas.
A candidata também elogiou o programa Minha Casa, Minha Vida; falou sobre os benefícios do programa Bolsa Família, e disse que sua meta é que toda a população de baixa renda chegue à classe média.

Sabatinas

A petista é a terceira presidenciável a ser entrevistada pelo portal. Marina Silva, do PV, foi a primeira candidata a ser sabatinada pelo portal, durante encontro que durou uma hora e meia, no dia 15 de julho. Já nesta terça-feira (20), o entrevistado foi o candidato do PSTU, Zé Maria, que respondeu às perguntas dos internautas e dos entrevistadores durante meia hora.

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