O gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG) será o quartel-general da oposição na manhã desta terça-feira (30). Líderes das bancadas da Câmara dos Deputados e Senado, assim como os presidentes dessas siglas de oposição, discutirão estratégias para pressionar o governo e tentar a destituição da presidente Dilma Rousseff (PT). A motivação para o encontro veio a partir da delação premiada do dono da UCT Engenharia, Ricardo Pessoa, que na semana passada disse ter feito doações para a campanha de Dilma em 2014 por temer por seus interesses em contratos com a Petrobras.
“A pauta da reunião é discutir a gravidade da conjuntura política. Temos de avaliar isso”, diz o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). Para o parlamentar, a “tese central” do encontro é o impeachment da presidente. “O que ele disse [Ricardo Pessoa] e o STF avalizou autorizando a delação premiada tem consistência e a gravidade é tamanha que envolve a presidente. Seus ministros foram citados”, acrescenta Bueno.
De acordo com a declaração de Pessoa a procuradores da Operação Lava Jato, além de ter doado R$ 7,5 milhões para a campanha presidencial de Dilma em 2014 para não colocar em risco seus interesses em contratos com a Petrobras, a UTC também teria financiado outras 18 campanhas de diversos partidos. Entre eles do hoje ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, quando disputou o governo paulista, em 2010.
Em entrevista concedida no último final de semana, Mercadante disse que não houve, por parte de Pessoa, nenhuma acusação de doações ilegais contra as campanhas, tanto a da presidente Dilma no ano passado, quanto a dele, em 2010. O dono da UTC diz que teria tratado da doação para a campanha de Dilma com o atual ministro da secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva (PT), na época tesoureiro da campanha presidencial petista.
Fonte: Marcel Frota - iG Brasília (Clique aqui e leia a matéria completa)
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