Os vereadores de Cuiabá aprovaram na noite desta terça-feira (23) o projeto que institui o Plano Municipal de Educação (PME), porém, com algumas alterações a pedido de um grupo de católicos que foi até a Câmara Municipal para cobrar que os termos ideologia de gênero, diversidade sexual e orientação sexual fossem retirados do texto. O plano define as políticas de educação para os próximos 10 anos.
Vários padres acompanharam a sessão, entre eles o reitor do Seminário Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana da capital, Reginaldo de Souza Oliveira. Para ele, algumas diretrizes do plano eram um atentado à democracia, já que o Plano Nacional de Educação tinha sido aprovado rejeitando os termos após ampla discussão.
"Com isso, a família não teria o direito de educar os filhos e os pais que não querem educar os filhos de acordo com a ideologia de gênero que as crianças aprendem na escola são punidos. A nossa Constituição garante à família os direitos à educação da criança e a escola desempenha um papel de subsidiar os pais", avaliou o padre, que se disse satisfeito com o resultado da votação. "Foi uma vitória da democracia e da família brasileira", pontuou.
Um dos cartazes dos manifestantes dizia: 'Deixem os meninos serem meninos e as meninas serem meninas. Não à ideologia de gênero'. No protesto, havia muitos padres, idosos e famílias com crianças. A Polícia Militar também acompanhou a manifestação. A mobilização foi feita pela internet, com a seguinte mensagem: 'Contamos com todos amanhã dia 23/06 a favor da família e por uma educação cristã. Diga não à ideologia de gênero. As mulheres por gentileza com uma camiseta ou blusa rosa e homens com camiseta azul'. Para que os religiosos pudessem acompanhar a sessão do lado de fora, já que as galerias estavam lotadas, foi colocado um telão na frente do prédio.
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