MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Câmara reage à venda de carne em vans

A reação dos açougueiros e proprietários de supermercados à agressiva estratégia de venda de carne de porta em porta que o Grupo JBS/Friboi vem realizando na região já chegou à Câmara de Apucarana. O vereador Marcos Antônio Martins (PTC), que vem repre

Da Redação

·
Venda de carne em vans gera polêmica na Câmara de Vereadores de Apucarana
Icone Camera Foto por Divulgação
Venda de carne em vans gera polêmica na Câmara de Vereadores de Apucarana
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.04.2010, 07:03:00 Editado em 27.04.2020, 21:05:00
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A reação dos açougueiros e proprietários de supermercados à agressiva estratégia de venda de carne de porta em porta que o Grupo JBS/Friboi vem realizando na região já chegou à Câmara de Apucarana. O vereador Marcos Antônio Martins (PTC), que vem representando o Legislativo nas reuniões realizadas pelos açougueiros, usou da tribuna da Câmara por duas vezes para criticar a investida do JBS. “Como é a maior empresa do mundo no setor de alimentos, o grupo tem condições de entrar no mercado local com preços lá embaixo. Depois é óbvio que vai realinhar os preços, só que já terá causado grande número de desemprego no município”, advertiu Marquinhos, apoiado por outros vereadores.

continua após publicidade

Na sua opinião, a investida do JBS vai causar desemprego nos açougues, mercados, supermercados e frigoríficos, além da submissão dos pecuaristas e da redução da concorrência nas vendas de carnes. “Aqueles que tendem a ficar do lado do JBS, achando bonito comprar picanha fatiada a R$ 11 o quilo, por exemplo, precisam saber que por trás disso haverá pais de família desempregados e que quando os estabelecimentos locais estiverem com suas portas fechadas, devido à concorrência predatória, o JBS vai deitar e rolar, praticando os preços que bem entender”, acrescenta Marquinhos.

Para o vereador, além do desemprego, a investida do JBS também causa prejuízos para município. “A arrecadação dos impostos será para Maringá. As vans são emplacadas fora, vêm abastecidas de fora, com gente empregada lá fora. O município de Apucarana não vai ganhar nada com isso”, protesta Marquinhos.

continua após publicidade

Ele acompanhou a reunião dos açougueiros e mercadistas na reunião que a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA) realizou na noite desta quarta-feira (07) para tratar sobre o assunto. “Alguma coisa precisa ser feita para deter esse processo ou o município será muito prejudicado”, assinalou. Ainda de acordo com Marquinhos, o episódio está unindo os açougueiros do município. “Eles vão formar uma associação para defender de forma melhor organizada os seus interesses. O JBS é responsável por 12% nas vendas de carnes no mercado interno e quer expandir ainda mais sua participação, mas varrendo do mapa os comerciantes do interior de todo o Brasil”, dispara o vereador.

Cada van tem capacidade para vender entre 250 a 300 quilos de carne por dia. O grupo já atua em vários municípios e anunciou que a intenção é estender o sistema para todo o Brasil, com uma frota de 10 mil vans refrigeradas circulando.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Câmara reage à venda de carne em vans "

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!